A metamorfose dos camarões de água doce

Metamorfose vem das palavras grega meta (o que se segue) e morphos (forma). A larva começa a sua metamorfose, ou seja, a sua transformação, passando por diversos estágios, de larva até atingir a sua fase de poslarva, quando se parece muito com pequenos camarõezinhos.

Na natureza, as larvas seriam levadas pelas correntezas, dezenas de quilômetros de onde elas nasceram enquanto que, nas criações em cativeiro, elas devem ser levadas para tanques especiais, com esse tipo de água, ou seja, a salobra, na qual completam a metamorfose, transformando-se em poslarvas.

A metamorfose se realiza em 20 dias, podendo levar 30 a 45 quando a temperatura da água é mais fria. Para evitar isso, podemos usar estufas climatizadas, sendo as temperaturas mais adequadas entre 28 e 30ºC, embora se realize, também, nas de 24 a 31ºC.

Terminada a metamorfose, as larvas se transformam em poslarvas, cuja forma é a de um verdadeiro camarãozinho: é o camarão jovem. Também os seus hábitos se modificam completamente, a começar pela sua alimentação. Na natureza, as poslarvas iriam à procura de água doce, quando atingem 1cm. Nas criações, elas são colocadas em viveiros com esse tipo de água, para a sua recria até a fase adulta, o que ocorre quando atingem 4 a 6 meses de idade, quando já podem entrar em reprodução ou ser vendidas para o consumo.

Essa mudança de água deve ocorrer gradativamente e não abruptamente, para evitar que sofram um choque que lhes pode ser grave ou até fatal. Para evitar que isso aconteça, vamos substituindo, aos poucos, parte da água salobra por água doce, até que toda ela seja esse tipo de água.

O tempo de duração do período larval, isto é, até as larvas completarem a metamorfose, varia de espécie para espécie e ainda de acordo com vários fatores, o principal dos quais, a temperatura. Como médias temos, no entanto, os seguintes períodos:

Macrobrachium amazonicum 15 a 35

Macrobrachium acanthurus 32 a 40

Macrobrachium rosembergii 30 a 45

Macrobrachium carcinus 47 a 65