Como criar forpus coelestis

0
288
Site do Café

Pequena e bela, a ave pode ser criada em espaços pequenos e com alimentação produzida na propriedade.

Todos são bonitos, graciosos e, de acordo com o porte, fisicamente bastante parecidos entre si. Por isso, para quem não é especialista, não é difícil confundi-los pelas semelhanças, sobretudo pelo bico torto, característica comum entre as aves pertencentes à família Psittacidae. Por ser parecido com o popular periquito, porém de rabo curto, muito provável seja este o motivo de o forpus coelestis ser chamado por muitos de periquito coelestis.

Igual a seus parentes do grupo dos psitacídeos – arara, papagaio, agapornis, maritaca, jandaia, tuim, entre outros, além do periquito, como já mencionado –, o forpus coelestis tem boa adaptação à criação em ambiente doméstico, onde chega a viver até 20 anos quando bem tratado. Em viveiros ou gaiolas, é fácil de manejá-lo, por ser uma ave dócil e inteligente, seja para ser um bicho de estimação ou para ornamentação em sítios, chácaras ou residências.

Ativo e curioso, o forpus coelestis, também conhecido como tuim-do-pacífico, pode inclusive imitar a voz humana na pronúncia de algumas palavras, dependendo da dedicação do criador. No entanto, a habilidade de articular sons não faz dele um pássaro barulhento, como seus primos agapornis.

O forpus coelestis tem reprodução rápida, e os filhotes não demoram muito para se desgarar dos pais, apesar de a maturidade sexual chegar apenas com um ano de idade. A alimentação é à base de rações prontas ou sementes, frutas e hortaliças, que podem ser preparadas pelo próprio criador ou compradas no varejo especializado, como casas de rações e lojas de produtos agropecuários, que vendem diversas misturas alimentícias para aves.

Com cerca de 13 centímetros de comprimento e peso oscilante de 24 a 28 gramas, o pequeno pássaro não exige muito espaço para a instalação de suas acomodações. No entanto, por ser um animal territorialista, precisa contar com uma infraestrutura que permita manter a criação separada por casal. Também é importante assegurar a limpeza do local.

Oriundo de florestas secas tropicais, subtropicais e tropicais úmidas de baixa altitude, como os ambientes onde é encontrado no Peru, Equador e Venezuela, o forpus coelestis se apresenta naturalmente na cor verde, mas, ao longo dos anos, várias mutações foram obtidas e fixadas a partir de criações em cativeiros. As mais conhecidas, contudo, são azul, albino, malhado, lutino e pastel.

Coberto por penas coloridas, o forpus coelestis ainda tem em suas belas combinações de tons um meio de distinguir o sexo. Ausente nas fêmeas, a cor azul-escuro na borda das asas é uma alternativa fácil de identificar se a ave é macho.

Mãos à obra

>>> INÍCIO A regra é adquirir exemplares de lojas credenciadas ou de criadores autorizados e com referência e larga experiência na lida com os pássaros. A medida tem como finalidade obter aves saudáveis e de qualidade para facilitar ainda mais a rotina da criação. É também necessário que o local de venda de forpus coelestis tenha registro na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).

>>> AMBIENTE Embora o forpus coelestis viva bem em pequenos espaços, ele deve ser criado separadamente de outras aves. Um casal por gaiola é a recomendação. A ave pode ser instalada em viveiros ao ar livre, desde que possuam um abrigo para passar a noite e se proteger do vento, frio e geada.

>>> GAIOLA Ou viveiro é o local de criação do forpus coelestis. Seja qual for a opção, deve ser respeitado um espaço mínimo para o bem-estar da ave. No caso de gaiola para um casal, são indicados modelos com medidas mínimas de 60 x 30 x 30 centímetros. Há versões de arame galvanizado prontas para a venda em lojas do varejo. Para a época de reprodução, providencie um ninho de 15 x 15 x 25 centímetros contendo uma camada de aparas de pinho ou lascas finas de faia.

>>> ACESSÓRIOS Os comedouros e bebedouros mais indicados são os de inox ou porcelana, mas também são usados os de plástico ou de barro. Os de formato redondo com borda facilitam o pouso da ave para beber e se alimentar. Disponibilize brinquedos para o entretenimento, pois o forpus coelestis é bastante ativo e precisa de distração.

>>> ALIMENTAÇÃO Melhor se variada e fresca. Existem rações balanceadas próprias para psitacídeos e que atendem às exigências nutricionais da ave. O forpus coelestis também gosta de sementes e grãos. Em uma mistura, pode-se ter painço, milho, aveia, cânhamo, alpiste, trigo, linhaça e outros produtos higienizados. No mercado varejista, existem farinhadas próprias para psitacídeos de pequeno porte que servem como suplemento. A semente de girassol, composta de muito óleo, é considerada uma boa fonte de energia, sobretudo para o desenvolvimento dos filhotes, igualmente os alimentos à base de ovos. Hortaliças e frutas são outras preferências da ave. Contudo, evite alface e abacate. O fornecimento de cálcio é importante para o fortalecimento dos ossos. Sirva também água limpa e fresca trocada diariamente.

>>> REPRODUÇÃO A fêmea pode ter de quatro a seis posturas por ano. Se a intenção for reduzir o número de crias, retire o ninho da gaiola ou do viveiro para impedir novos chocos. Após 21 dias incubados em ovos, os filhotes estão cobertos de penas nos 20 dias seguintes. Permanecem por mais dez dias nos ninhos e ganham a independência dos pais depois de mais 15 dias. Exceto em alguns casos que ocorrem um pouco mais cedo, estão prontos para iniciar a procriação somente quando completarem 12 meses de vida.

Raio x

Criação mínima: para cada gaiola, um casal
Custo: a ave tem preço a partir de R$ 80
Retorno: a ave atinge a fase de procriação a partir de 12 meses de idade
Reprodução: de 3 a 7 ovos em 4 a 6 posturas por ano

Deixe uma resposta