4 perguntas sobre criação de galinhas

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1)Coriza aviária: Como devo tratar os pintinhos da minha pequena criação de galinhas, que estão ficando com os olhos brancos, vazando pus e pequenas bolinhas brancas, além de apresentarem problemas no gogó?

Primeiramente, é importante ressaltar que há a necessidade de a criação contar com um abrigo para proteger as aves das alterações do clima. Apesar de serem rústicas, as galinhas e os pintinhos não devem ficar em lugares descobertos quando ocorrem chuvas intensas, ventos fortes ou raios de sol muito intenso. Caso contrário, ficam vulneráveis a contrair a coriza aviária, doença caracterizada pela ocorrência de secreção nos olhos e orifícios nasais dos animais quando expostos a adversidades climáticas. Por isso, devem ser evitados ambientes úmidos e com correntes de ar, locais preferidos pelo germe hemofílico que provoca a coriza aviária. Uma vez contraída, a enfermidade precisa ser tratada sem demora, antes que torne-se fatal. Separe as aves doentes para evitar contágio no restante da criação. Com a orientação de um médico veterinário de confiança, é recomendado o uso de antibióticos para combater a moléstia. Outros cuidados necessários devem ser realizados no viveiro, como desinfecção do ambiente. Mantenha-o sempre seco, arejado e bem higienizado. Também garanta alimentação de qualidade às aves, incluindo suplementos vitamínicos para que ganhem mais resistência e vigor.

2) Aves sumatras: Que tipo de galinha é essa?

A aparência das galinhas indica que são aves mestiças de sumatra, cuja raça pura apresenta crista de rosa baixa e cauda longa e volumosa. A crista dos exemplares mostrados na foto é de serra de cinco pontas, enquanto a cauda não é tão alongada e tem pouco volume. Contudo, como há falta de importação de aves para melhoramento e preservação das características da raça no mercado interno, as galinhas analisadas podem ser consideradas sumatras com pequenos defeitos de padrão.

3) Galinha caipira: Procuro por orientações sobre criação de galinha caipira em sistema extensivo com pasto de braquiária piatã e leguminosa estilosante campo grande, pois planejo introduzir a ave em piquetes quando o gado nelore sair, utilizando galinheiro móvel e minhocas de um minhocário próximo do curral como complemento alimentar. Mais do que obter lucro com a venda de frango de corte, meu objetivo é obter ganhos com sustentabilidade, diminuindo custos com controle de carrapatos e de invasão de larvas.

É comum associar criação de galinha com outros animais. Além de fácil de lidar, a ave é protagonista de uma atividade rentável. Mesmo em área grande, como em uma chácara ou fazenda, o melhor é iniciar o manejo aos poucos. Antes, adquira experiência com o manejo diário, para depois ampliar o plantel. Para assegurar a saúde da criação, siga um programa de vacinas. A primeira delas é contra a doença de newcastle, que deve ser aplicada aos seis dias de vida e, novamente, aos 21 dias. Coloque uma gota do medicamento no olho, na narina, ou na água de beber, embora esse método não seja muito recomendado pela falta de controle da quantidade bebida. Contra a bouba aviária, vacine as aves no período de 21 a 30 dias de idade. Se a opção for pela criação solta no pasto, o custo é menor em relação a outros sistemas. Também são reconhecidas as vantagens do semi-intensivo, no qual as aves são soltas ao amanhecer e recolhidas ao anoitecer e se alimentam de plantas/pastagem. Com rami, planta arbustiva altamente nutritiva com 21% de proteína, observa-se excelente aceitação pelas aves, economizando o consumo de ração. Também verifica-se produção de ovos mais longeva, com gemas mais amarelas, mais vitaminas e cascas mais resistentes do que os das aves criadas em confinamento. No caso de associação com o capim-quicuio, com mais tempo sob o sol e em contato com a terra, a criação cresce mais saudável. Mucuna-preta, feijão de porco e soja perene são outras leguminosas que oferecem bons resultados. O fornecimento de ração, em média de 60 a 70 gramas por dia por cabeça (em confinamento, necessita de 120 gramas diariamente), é apenas para complemento. Qualidade e quantidade da água são fundamentais, pois as aves bebem quase o dobro do que comem. O líquido representa de 55% a 75% do peso do corpo e pode compor até 65% do ovo. Por isso, a água deve ser submetida a análises químicas. Em altas concentrações, elementos como cálcio, magnésio, cloreto de sódio, sulfatos e bicarbonatos, são prejudiciais ao plantel. As minhocas também são uma fonte de proteína muito apreciada pela criação.

4) Substituindo a alimentação: Podemos substituir o milho por mandioca na ração de frangos caipiras?

Muitos produtores procuram alternativas para reduzir custos da alimentação animal, um dos itens mais caros no manejo de criações. Contudo, a decisão deve ser tomada com cuidado, pois há opções que podem trazer prejuízos para a atividade. É o caso da mandioca brava, variedade amarga da raiz que não pode ser fornecida como refeição. Dotada de alto teor de substância tóxica (ácido cianídrico) só é indicada para consumo após transformada em amido ou farinha.

 

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