Tipos de criação de camarões de água doce
As criações de camarões podem ser classificadas da seguinte maneira:
– Esportivas – sem objetivo de lucros, feitas como um divertimento ou “hobby” para o criador e sem objetivar lucros;
– Econômicas – quando são levados em consideração os fatores econômicos, pois sua finalidade é produzir lucros com a venda de seus produtos como reprodutores, poslarvas ou camarões para o consumo.
Quanto ao seu volume de produção, as criações podem ser:
– Caseiras, domésticas ou de subsistência;
– para o consumo do criador e de sua família e mesmo para a venda de um possível excesso de produção, em geral, de pouco valor significativo;
– Comerciais – quando a criação é feita em maior escala, sendo toda a produção destinada à venda;
– Industriais – quando a produção é em alta escala.
Quanto aos seus objetivos, podemos dividir as criações de camarões em:
– Criação de poslarvas – para a venda a recriadores, ao que é dado o nome de larvicultura, sendo necessário, para isso, dispormos de água doce e de água salgada (do mar) e que a criação fique localizada próximo ao mar ou, então, que haja meios e vias de comunicação para o transporte da água salgada, sem que isso aumente muito os custos da criação. É necessário, também, que essa água salgada possua algas para as larvas se alimentarem, já havendo, inclusive, produção “artificial” de algas, realizadas em tanques especiais;
– Recria ou engorda – feita por pessoas que adquirem as poslarvas e as recriam até a época em que estejam prontas, de acordo com o seu peso e o seu tamanho, para a venda ao mercado. É a mesma técnica usada na avicultura, com a compra dos pintinhos de 1 dia, sua recria e venda como frangos de corte;
– Venda de reprodutores – é atualmente um bom negócio, pois a criação desses camarões está tomando um grande vulto no Brasil, com o surgimento de novas criações. É necessário, no entanto, que só sejam empregados, como reprodutores, camarões selecionados;
– Reprodução, produção de larvas, de poslarvas, recria e venda de animais adultos para a reprodução ou para o consumo – esse tipo de criação é realizada em todas as fases pelo mesmo criador. Neste caso, há necessidade de que disponham de água doce e de água salgada, o que não ocorre com os criadores que compram as poslarvas e as recriam, pois estes necessitam somente de água doce, de menores investimentos e de uma tecnologia de produção muito mais simples.
Qualquer que seja, porém, o tipo de criação, para termos sucesso, devemos lançar mão das técnicas mais indicadas em cada caso, pois ele depende de uma série de fatores, como os que se seguem: bons reprodutores ou boas poslarvas, conforme o caso; alimentação adequada para as diversas categorias de animais; boas instalações e um bom manejo.
Não adianta possuirmos bons camarões ou boas poslarvas se eles não forem bem alimentados ou não tiverem um bom manejo.
Antes de iniciarmos uma criação, devemos estudar, bem, todos os tipos de instalações e quais os mais indicados para as nossas condições econômicas, levando em consideração os seus custos e o capital de que dispomos; as circunstâncias ou época da implantação da criação; as condições ambientais como clima, águas disponíveis, etc. É importante, no entanto, que façamos um bom planejamento das construções e das aquisições iniciais, bem como necessário se torna que façamos, não só um planejamento para a implantação do criatório mas também uma previsão das possíveis ampliações, das substituições, dos reparos e das alternativas e variantes da produção.
As construções simples e funcionais dos viveiros e a sua distribuição racional, proporcionam um maior rendimento dos trabalhos, economia de mão-de-obra e melhores condições de venda, o que significa maiores lucros. Assim sendo, devemos estabelecer ou definir:
– o capital a investir no empreendimento;
– a meta de produção;
– as instalações mais adequadas e
– a expansão do negócio.
