Projeto Mais Milho reúne especialistas nesta quinta-feira, 4, para debater desafios da cadeia do cereal no estado
Nos últimos dez anos, a produtividade da safrinha de milho registrou aumento de quase 25% em Mato Grosso do Sul, segundo levantamento elaborado pela Embrapa Milho e Sorgo. Na temporada 2009/2010, o rendimento médio das lavouras ficou em 4.050 quilos por hectare, já no ciclo 2018/2019, ficou em 5.040 quilos do grão por hectare.
A evolução observada em campo é um reflexo do investimento em tecnologia por parte dos produtores rurais do estado. “Ainda precisamos desenvolver híbridos que aguentem melhor a seca”, afirma o produtor rural e ex-presidente da Aprosoja-MS Juliano Schmaedecke. O comportamento do clima, com possíveis veranicos e geadas, é uma grande preocupação dos agricultores.
Inclusive, nesta temporada, os indicativos de que haveria a possibilidade de geada no fim de junho e o atraso na colheita da soja fizeram com que os produtores reduzissem em 12,57% a área destinada ao plantio do cereal em relação ao ano anterior. No ciclo 2019/2020, foram semeados 1,9 milhão de hectares com o grão, contra 1,97 milhão de hectares estimados inicialmente.
Com isso, a perspectiva é que sejam colhidas 8,21 milhões de toneladas de milho nesta safra, uma queda de 32,5% ante a temporada 2018/2019, de acordo com o levantamento do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga-MS). Para debater os desafios da cadeia do cereal no estado, o Projeto Mais Milho promove uma live nesta quinta-feira, 4, às 20 horas.
Além do produtor rural Juliano Schmaedecke, o moderador da transmissão e vice-presidente da Associação dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira, recebe o presidente da Aprosoja-MS, André Dobashi e o produtor Murilo Bonilha Botelho.
