O cultivo do aspargo
O aspargo (Asparagus officinalis L.) é uma planta perene, com raízes que duram vários anos e um caule dividido em duas partes. Das gemas que se formam no caule, surgem os brotos ou turiões, que são a parte mais consumida da planta e amplamente utilizadas comercialmente. Essas plantas podem ter uma vida útil de mais de treze anos, dependendo das condições sob as quais foram cultivadas.
Os aspargos apresentam um valor energético de cerca de 22 calorias para cada 100g. Em sua composição encontramos as vitaminas A, B1, B2 e C. Além disso, temos proteínas, cálcio e ferro.
É uma planta originária de regiões mediterrâneas e encontrada, também, em parte da Ásia. Foi introduzida no Brasil nas primeiras décadas do século XX e aqui encontrou ótimas condições para o seu desenvolvimento. Seu valor de mercado é bastante atrativo, não só para a comercialização no mercado brasileiro mas, também, para exportações.
Por ser originária de regiões de clima temperado, o aspargo se desenvolve melhor na região Sul e em parte do estado de São Paulo. É uma planta sensível à umidade, sendo prejudicada tanto pelo excesso de água quanto pela falta de umidade, principalmente durante o verão.
A produção das mudas deve ser feita com as melhores sementes, que são as maiores, de plantas com mais de 5 anos e de boa produção. Essas sementes são colocadas em sementeiras, com espaçamento de 5cm entre as sementes e 30cm entre as linhas. O terreno deve ser mantido sempre limpo e livre de plantas invasoras.
O plantio deve ser realizado no final do inverno, até o início da primavera, ou seja, antes do início da estação chuvosa. O solo deve apresentar um pH ao redor de 6,5. Cerca de noventa dias antes do plantio das mudas, devemos iniciar o preparo do solo, realizando uma análise e as eventuais correções com calagem ou adubação. São realizadas, anualmente, adubações de manutenção. O terreno deve ser limpo e gradeado, se necessário. Devemos retirar tocos, restos de outras culturas, pedras, etc. O espaçamento indicado para o plantio no local definitivo é de 15cm entre as plantas e 2,50m entre as linhas.
A colheita pode ser feita à partir do segundo ano após o plantio das mudas, mas o melhor é deixar para realizá-la somente após o terceiro ano. O período de colheita é de 30 dias e deve ser feito em setembro, ou seja, no final do inverno ou início da primavera. Devido às características desta planta, a colheita deve ser realizada manualmente, com habilidade, para evitar danos às plantas e futuros prejuízos.
As pragas que mais atacam essa cultura são a mosca-do-aspargo (Chlorops sp.), o piolho branco, além das brocas. As doenças mais comuns são causadas por diversos tipos de fungos, que podem ser facilmente controladas com fungicidas ou métodos alternativos naturais. Para obter melhores resultados comerciais, a maioria dos produtores não utiliza defensivos e sim métodos de controle naturais, tanto para doenças quanto para pragas.
