Matrinxãs, pacu, piau e tilápia

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Análises da água e do peixe são necessárias para identificar causas de mortes

As matrinxãs, que crio junto com pacu, piau e tilápia em um pequeno tanque para pesca esportiva em meu sítio, morreram ao apresentar a parte inferior da boca inchada, mole e bem desproporcional à parte superior. O que posso fazer para salvar as matrinxãs que sobraram?

Várias causas podem ter levado as matrinxãs à morte, porém, ao que tudo indica, a falta de oxigênio pode ter sido o principal motivo. Quando alguns peixes da família Characidae, como lambaris, pacus, matrinxãs, entre outras espécies de escamas, sentem pouca disponibilidade de oxigênio, alteram morfologicamente o lábio inferior, tornando-o inchado e distendido. O objetivo é aumentar a quantidade de água para passar pelas brânquias e também melhorar a circulação dela na superfície (mais oxigenada), para tentar compensar a falta de oxigênio.

É importante ressaltar que parasitos que ficam nas brânquias podem ser outro responsável pela ausência de oxigênio. Contudo, um diagnóstico preciso somente mediante uma análise da água e do peixe em algum laboratório de ictiopatologia, como o Centro de Aquicultura da Universidade Estadual Paulista (Unesp) localizado em Jaboticabal (SP).

Vale lembrar que, em tanque onde há policultivo (criação de várias espécies de peixes dentro de um mesmo ambiente), sempre vão existir espécies mais sensíveis e outras mais resistentes ao manejo, à qualidade da água e às demais características do local. A matrinxã, em comparação a pacu, piau e tilápia, é a espécie mais sensível à falta de oxigênio dissolvido e ao manejo.

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