Como escolher uma vaca leiteira

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Como escolher uma vaca leiteira
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Como escolher uma vaca leiteira

A escolha da vaca é da maior importância porque dela depende, não só a produção leiteira para a alimentação da sua cria e para a comercialização, mas também, em parte a qualidade da cria e, portanto, o futuro do rebanho e o seu melhoramento.

Para que o criador possa escolher bem as suas vacas, existem vários métodos e procedimentos. Entre eles, talvez o mais importante seja o exame direto do animal, para verificar:

a) se a vaca é sadia – pois animal doente não produz bem e não dá lucro. É preciso, portanto, escolher reses gordas ou em “boas carnes”, de olhar vivo, que possuam pele fina e bem solta, pêlos finos e brilhantes e que demonstrem bom apetite. Além disso, não devem ter nenhum defeito físico como manqueiras ou aleijões e nem apresentar corrimentos anormais, como por exemplo pus, catarros ou sangue, nem tumores, feridas ou calombos pelo corpo. É aconselhável, também, que sejam submetidas aos testes para os diagnósticos de brucelose e o da tuberculose, pois são doenças muito graves e contagiosas, que podem se espalhar por todo o rebanho, causando grandes prejuízos. Esses exames devem ser feitos apenas por veterinários. Vacas que tiverem alguma infecção ou inflamação no úbere devem ser rejeitadas.

b) se é bem desenvolvida e tem boa conformação – a vaca leiteira tem o pescoço fino e longo, cabeça pequena e leve, focinho largo e narinas grandes e bem abertas. Seu corpo é comprido, com o “trem” posterior mais desenvolvido do que o dianteiro e tem as ancas largas. Suas costelas são bem arqueadas, demonstrando boa capacidade respiratória. Suas pernas são finas e bem aprumadas. A cauda é comprida, fina e bem colocada. No entanto, os sinais que mais indicam a capacidade leiteira de uma vaca são os seguintes:

– veia mamária, também chamada de veia da barriga, bem grossa e comprida e fazendo muitas voltas, pois é por ela que o sangue leva ao úbere os elementos necessários para a “fabricação” do leite;

– úbere bem conformado, grande e que não seja carnudo;

– tetas de tamanho médio, todas iguais e bem separadas umas das outras;

– bom temperamento, o que pode ser verificado por seu olhar calmo e por sua mansidão;

– sua idade, pois, quanto mais nova a vaca, melhor, porque poderá ser aproveitada por mais tempo. Além disso, a vaca vai aumentando a sua produção de leite até a terceira ou quarta crias. É aconselhável, portanto, adquirir novilhas ou vacas de primeira ou segundas crias;

– sua raça ou tipo, porque, para a produção leiteira, devem ser preferidas as vacas de raças leiteiras aperfeiçoadas como, por exemplo, a Jersey, Guernsey, pois são as que, em geral, produzem mais leite e durante mais tempo. Por esse motivo, suas médias de produção são mais elevadas do que as de raças comuns ou não especializadas.

Quando, porém, por diversos fatores como preços, clima, condições de pastagens, falta de instalações adequadas, etc., não for possível a manutenção de rebanhos puros, devem ser escolhidas vacas “mestiças” dessas raças, e de preferência, que tenham um pouco de sangue Zebu para lhes dar a rusticidade de que necessitam para resistir às condições do ambiente, calor, doenças, parasitas, etc.

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