Como criar antílope

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De porte elegante, usado para ornamentação de sítios e fazendas, o animal também oferece carne, chifres e couro para o mercado consumidor.

 

Parente dos bovinos, embora seja bem mais parecido com os cervos, por conta do porte elegante e dos chifres longos que possui, o antílope começa a ganhar mais presença em atividades de criação. O manejo simples do animal é um dos motivos para a crescente implantação de diversos criatórios pelo país.

A versatilidade comercial também é outra atraente característica para trabalhar com o antílope. O mercado consumidor tem interesse pelo animal para seu uso como ornamentação em sítios e fazendas, venda de matrizes para outros criadores, produção de carne para churrascarias mais sofisticadas, de chifres para confecção de artesanatos e de couro para fábricas de calçados e vestuário.

Antílope é o nome dado a um grupo de 90 espécies de mamíferos bovídeos, cujos representantes mais conhecidos são as palancas (Hippotragus níger), os elandes (Taurotragus oryx) e as impalas (Aepyceros melampus). Originário das savanas e dos desertos do continente africano, o animal tem hábito gregário – reúne bandos familiares de dez a 15 exemplares.

Mamífero ruminante, que se alimenta exclusivamente de plantas, o antílope tem sentidos e audição aguçados. Seu tamanho varia de 60 a 100 centímetros, possui cauda curta e musculatura bem desenvolvida nos quartos traseiros. A força nas pernas permite ao animal na natureza fugir de predadores, alcançando velocidades de 70 a 100 quilômetros por hora. Em cativeiro, vive bem em locais com área ampla e plana, com disponibilidade de gramíneas, além de cercada, para conter os avanços da criação.

A instalação de criatórios para a atividade comercial deve ser obrigatoriamente registrada e autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). É importante o criador contar com assistência técnica a cargo de profissionais como, por exemplo, um médico-veterinário ou um zootecnista para a realização de visitas periódicas no local e acompanhamento do manejo.

MÃOS À OBRA
INÍCIO: 
Se não souber onde adquirir, procure indicações de criadores idôneos para assegurar a compra de antílopes com boa estrutura, livre de doenças, e com pelos e peles com aparência preservada. Há um amplo leque de opções de espécies e preços, que podem variar de R$ 3.000 a a R$ 50.000 por exemplar.
ESTRUTURA: Recomenda-se a criação de antílope em piquetes com bastante espaço para o animal se movimentar com tranquilidade. A área deve ser cercada com telas de, no mínimo, 2,50 metros de altura. Coberto de gramíneas, para o antílope se alimentar com facilidade, o terreno deve ser plano para evitar acidentes com o animal.
AMBIENTE: O antílope adapta-se bem a diferentes regiões do país. Rústico e pouco exigente, ele tolera variações climáticas. Devido à origem, no entanto, prefere lugares onde predominam temperaturas quentes.
ALIMENTAÇÃO: Herbívoro, o antílope se alimenta de plantas. Gosta de comer gramíneas espalhadas por onde vive. Entre os alimentos preferidos, estão as folhas de amoreira e o amendoim forrageiro. Como complemento, forneça ao animal rações para ruminantes e, nos períodos de seca, podem ser oferecidos fenos. Vale lembrar que todos os produtos devem ser de boa qualidade.
CUIDADOS: É necessário o controle de possíveis ataques de parasitas por meio da realização de exames periódicos. A aplicação de vermífugos também é uma alternativa indicada para garantir o bem-estar do animal.
REPRODUÇÃO: Com 2 anos de idade, o antílope atinge a maturidade sexual. A fêmea leva aproximadamente sete meses para a gestação e dá à luz, em geral, a um filhote por vez. O desmame ocorre, em geral, aos 180 dias de vida.

RAIO X
CRIAÇÃO MÍNIMA: 
para iniciantes, recomendam-se três fêmeas e um macho
CUSTO: o preço das matrizes pode variar de R$ 3.000 a R$ 50.000
RETORNO: a partir de dois anos e meio
REPRODUÇÃO: um filhote por gestação

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