Seleção de bovinos – melhoria do rebanho

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Seleção de bovinos - melhoria do rebanho
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Seleção de bovinos – melhoria do rebanho

Selecionar é escolher, escolher o melhor e o que mais interessa. Se temos um rebanho, devemos fazer a seleção aproveitando os animais melhores e excluindo os inferiores e defeituosos. Selecionar, em zootecnia significa escolher os reprodutores.

Pela seleção melhoramos o rebanho ou evitamos que ele degenere, o que trará maior rendimento ou evitará prejuízos. Os animais nascem fracos e morrem: é a natureza evitando que eles se reproduzam e dêem filhos fracos e degenerados. O touro mais forte obriga o mais fraco a abandonar o rebanho. São dois casos em que a natureza nos dá o exemplo de seleção: a natural.

Para o criador, a seleção natural, de certa forma, deixa muito a desejar, pois muitas vezes não é o mais forte que interessa e o homem, intervindo com a sua inteligência e capacidade, dirige a seleção: é a seleção artificial. Para exemplificar, citarei dois casos:

– Num rebanho leiteiro, há um touro holandês e um nelore. Se este gado for servido pelo touro nelore, seu rendimento será forçosamente inferior ao que proporcionariam as filhas do touro holandês, futuramente, em leite. Por essa razão, o homem afastaria o nelore.

– Num rebanho de corte, aconteceria o inverso: os filhos do nelore dariam, em carne, maior rendimento do que os filhos do holandês e este seria, portanto, afastado. A seleção artificial pode ser empírica, quando é feita sem bases científicas. É o caso da orelha do zebu: todos os outros característicos eram considerados secundários e o animal valia na razão direta do tamanho da orelha.

A seleção artificial mais adequada, no entanto, é a racional, que é feita em bases científicas, objetivamente, dentro de um plano. Podemos considerar 2 casos distintos:

1- Obtenção de animais para determinado rendimento imediato e a seleção é orientada no sentido “produção”. O controle é feito pelo peso no caso de carne e quantidade e teor de gordura para o leite.

2- Obtenção de reprodutores: a seleção será dirigida no sentido “padrão” e, além da produção da raça, todos os característicos raciais são computados em primeiro plano. Conformação, cor, forma dos chifres, etc. são rigorosamente controlados.

Hoje em dia, porém, procura-se melhorar ou conservar a capacidade produtora dos animais, muitas vezes desprezando certos característicos padrões como a cor, chifres, etc. Prefere-se, atualmente, bons produtores a animais “tipos de beleza”, embora a harmonia de formas nunca possa ser desprezada. Como exemplo, posso citar o holandês malhado de preto: pelo padrão, este gado da Frísia tem 3 manchas pretas, e era desclassificado em exposições se as não tivesse de acordo com o padrão. Pois bem, hoje, pode se ver campeões quase brancos.

Resumindo, a seleção, num sentido amplo, visa o aperfeiçoamento do rebanho, pela escolha racional de reprodutores. A eliminação dos defeituosos é um grande passo: escolher os reprodutores, racionalmente, é tudo.

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