O cogumelo shitake e seu cultivo

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O cogumelo shitake e seu cultivo
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O cogumelo shitake e seu cultivo

O cogumelo shitake já vem sendo cultivado, na China, há quase 1000 anos. Foi introduzido no Japão entre os anos 1500 e 1600 e, depois, na Europa, Estados Unidos e no Brasil, onde seu cultivo está se desenvolvendo rapidamente. É saboroso e nutritivo, com 30% de proteínas, 50% de carboidratos e 10% de sais minerais. Reduzem o colesterol e aumentam a resistência contra tumores. É, ainda, considerado um bom alimento para dietas.

Sua cultura é feita em toras, em geral de eucalipto, e em serragem de madeira, misturada com 10 a 20% de farelo de arroz. O shitake pode ser consumido fresco ou seco e tem a forma de um guarda-chuva aberto tendo, na parte inferior, um grande número de lâminas, como os raios de uma roda de bicicleta, onde se formam os esporos ou sementes.

Sua reprodução é sexuada, com a união de hifas assexuadas, com a fragmentação do micélio, sendo cada fragmento considerado um novo organismo.

O cogumelo é o resultado do desenvolvimento do fungo e produz milhões de células sexuais. O acasalamento ocorre quando o esporo germina, formando uma hifa (filamento), ou seja, o micélio primário que encontrando outro, do sexo oposto, se unem formando o micélio secundário ou fértil, com 2 núcleos em cada célula.

Deve ser cultivado com sementes selecionadas, inclusive multiplicando o micélio, sendo usado, para isso, um cogumelo bem selecionado.

Como já mencionamos, a cultura pode ser feita em serragem ou em tocos ou lâminas de madeira que, de preferência, não tenham resina. Devemos evitar que as árvores percam as cascas ou se contaminem, não cortando durante as chuvas e nem deixando as toras terem contato com o solo. Elas devem ter 1m de comprimento, diâmetro de 8 a 16cm, ser retas, sem galhos, com a casca intacta e pouco cerne. Devem ser abrigadas do sol, dos ventos e das chuvas durante algumas horas antes do plantio, para perderem o excesso de água e não racharem.

A inoculação deve ser feita, no máximo, 10 dias após o corte. Para furar as toras, são usadas furadeiras especiais. Os furos são feitos em linhas separadas de 5 a 8cm e com espaços de 15 a 20cm entre eles, 40 por tora, um diâmetro de 12mm e profundidade de 23mm.

As sementes devem ser colocadas nos furos, no mesmo dia em que estes são feitos e devem ser protegidas por uma camada de parafina derretida e breu, sendo para isso usado um pincel de palha de aço, fina, presa em uma vareta ou, então, com uma seringa. A parafina pode ser substituída por rolhas plásticas ou filmes de PVC, facilitando os trabalhos.

Incubação

É o período em que o micélio do fungo ataca a madeira, apodrecendo-a. Para um melhor desenvolvimento do micélio, são necessárias temperaturas de 22 a 25°C e água de 35 a 55%. É por isso que o cogumelo se desenvolve melhor no verão.

As toras devem ficar abrigadas ou ao ar livre, sob árvores ou sob plásticos como sombrite e sempre empilhadas sobre blocos de cimento, para não se contaminarem no solo. Em dias secos, deve ser feita uma irrigação sobre elas, durante todo o dia, com aspersores.

Um outro processo que vem sendo empregado é, após a semeadura, embrulhar as toras com um filme de PVC fino e transparente, dispensando a parafina, o que dispensa a irrigação nos primeiros 30 dias. Aparece, então, um bolor branco.

Para a produção dos cogumelos, as toras são levadas para ambientes cobertos e protegidos, com umidade relativa do ar de 40% a 60% , que é a ideal, e boa luminosidade, para eles ficarem com melhor aparência.

Os cogumelos devem ser colhidos enxutos e abertos 70%, porque duram mais 15 dias e, para isso basta torcer o seu pé e arrancá-lo. As toras duram, em geral, 18 meses sendo, então, descartadas. Em climas quentes, a colonização se realiza entre 4 a 6 meses, demorando mais nas regiões frias.

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