O cio das fêmeas suínas

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Para que os criadores de suínos obtenham um bom resultado com os acasalamentos, isto é, consigam obter bons animais e um alto índice de fecundação, é necessário que todo o processo de reprodução seja acompanhado de perto e direcionado. Neste processo reprodutivo, compreender e saber identificar o cio das fêmeas é vital para que estas entrem em reprodução da maneira mais adequada, no momento mais indicado.

O cio das fêmeas suínas pode durar entre 32 e 96 horas, mas o mais comum é que dure de 48 a 72 horas. A ovulação acontece no final do cio e costuma durar de 4 a 6 horas. Desta forma, o criador deverá induzir os acasalamentos nos períodos mais próximos da ovulação, quando a probabilidade de fecundação é maior.

Para que haja a monta no período certo do cio, o criador ou tratadores devem levar a fêmea ao cachaço duas vezes ao dia, ou seja, pela manhã e à tarde, para que haja o acasalamento e as chances de se “acertar” o momento da ovulação sejam maiores.

Antes dessa prática, porém, é muito importante que o criador saiba identificar as fêmeas que estejam no cio, para que possa ser determinado o momento mais indicado para os acasalamentos. Para diagnosticar o cio, as pessoas que tenham contato direto e constante com as fêmeas devem ser bastante observadoras e criteriosas, para que possa ser feito um diagnóstico correto.

Muitos são os sinais que a fêmea apresenta quando entra no cio, entre eles podemos citar o aumento do volume da vulva (o sintoma mais claro), perda de apetite e a facilidade com que deixam ser montadas. Além disso, ficam inquietas, agitadas e atraem a atenção dos cachaços.

Existe uma série de técnicas que os tratadores utilizam para auxiliar no diagnóstico do cio. Essas técnicas envolvem o estímulo manual de algumas partes do corpo da fêmea e, dependendo da resposta obtida, podemos concluir que está ou não no cio. Os estímulos são feitos nos flancos, utilizando-se as mãos ou joelhos ou sentando sobre a fêmea. Se estes estímulos forem bem aceitos, podemos afirmar com maior precisão que a fêmea realmente está no cio. Estas técnicas devem ser aplicadas por pessoas que já estejam bastante familiarizadas com o processo, para que os resultados sejam corretamente interpretados.

Identificar corretamente o cio e o período mais propício para a concepção também é necessário no caso de inseminações artificiais.

Podemos dizer que na grande maioria das vezes, é bastante fácil diagnosticar o cio, mas há um número significativo de casos em que o diagnóstico é bastante complicado, deixando dúvidas. Para que os índices de acerto no diagnóstico do cio das fêmeas suínas sejam mais elevados, dependeremos de uma equipe de tratadores capazes e observadores. Esta é a única maneira de obtermos melhores resultados e um elevado número de fecundações com sucesso.

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