O acasalamento dos escargots

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O acasalamento dos escargots

O acasalamento dos escargots é precedido por uma verdadeira cerimônia nupcial que pode durar várias horas.

Quando dois escargots se encontram e sentem o desejo de se acasalar, um vai se aproximando lentamente do outro até que entram em um primeiro contato, um se encostando no outro, se esfregando. Fazem carinhos com a rádula, levantam a parte anterior do corpo, ficando ambos, cara a cara, na vertical, quando se trata do Helix pomatia (bourgogne), se mordem e se separam. Aparece então o seu dardo, lançado para fora de sua bolsa, com o auxílio de uma substância mucosa secretada pelas glândulas multífidas. Os escargots ficam, então, um espetando o outro com esse dardo, na região do seu orifício genital, com o objetivo de excitá-lo sexualmente.

Ocorre, muitas vezes, que o dardo se quebra, ficando uma parte espetada no corpo do seu parceiro de cópula. Às vezes, são encontrados vários dardos em um escargot, o que significa que ele realizou vários acasalamentos. Um dardo, quando se parte, leva mais ou menos três dias para se regenerar, ficando o escargot novamente pronto para outros acasalamentos. Ocorre, então, uma inflamação no orifício genital, ficando essa região com uma coloração esbranquiçada ou leitosa. Ficam, assim, a vagina e o pênis prontos para a cópula.

Quando isso ocorre, os dois escargots se juntam novamente, fazendo com que a parte direita dos seus corpos se juntem, ficando os seus órgãos genitais encostados uns nos outros, quando então, cada um lança o seu pênis que vai penetrar na vagina do seu parceiro. Há, portanto, uma copulação recíproca. Dessa maneira, cada um lança no canal do receptáculo seminal do seu parceiro, um espermatóforo que é uma espécie de cápsula comprida, forte e quitinosa, cheia de espermatozóides.

O espermatóforo é introduzido no outro animal, pela ação dos músculos do pênis. Portanto, terminado o acasalamento, os dois animais se separam, levando cada um deles em seu organismo, um espermatóforo cheio de espermatozóides. Esse espermatóforo é formado por uma cabeça, ou seja, sua parte anterior, um reservatório destinado aos espermatozóides e a sua parte final, um fio bastante comprido. Esses espermatozóides são libertados do espermatóforo logo depois da cópula e seguem o seu caminho, nas vias genitais femininas do escargot, para fecundarem os óvulos, que eles mesmos vão produzir em sua glândula ou gônada hermafrodita, formando assim os ovos.

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