Gestação e parto de vacas leiteiras

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Gestação e parto de vacas leiteiras
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Gestação e parto de vacas leiteiras

As vacas só devem ser acasaladas novamente, depois do parto, no terceiro cio ou terceiro mês de lactação, para que haja um intervalo de 90 dias entre o parto e a cobertura, pois menor espaço prejudicaria a lactação seguinte.

Depois de fecundadas as vacas sofrem modificações no seu sistema endócrino, ou seja, de certas glândulas que formam hormônios como a luteina ou corporina, que tem uma ação contrária à secreção láctea. Além disso, a distensão das paredes do útero e principalmente a formação do próprio feto, desviam os elementos que, seguindo pelo sangue, iriam formar o leite no úbere das vacas.

Quanto mais adiantada a gestação, mais diminui a produção leiteira. O leite não apresenta modificações importantes a não ser no período final da gestação, porque é produzido em menor quantidade, contém maior teor de gordura e extrato seco e tem em geral sabor salgado, devido à diminuição da lactose e aumento de cloretos.

Tanto a produção quanto as alterações que o leite possa sofrer em sua composição dependem em grande parte da individualidade, pois enquanto algumas vacas alteram muito a sua produção de leite tanto em quantidade quanto em qualidade, em outras essas modificações quase não são notadas.

Portanto, quanto maior tempo a vaca tiver entre o parto e a lactação, mais se recomporá do desgaste anterior e produzirá mais. O aconselhado é que ela seja coberta 90 dias depois do parto, pois assim dará uma cria por ano, uma lactação de 9 meses e ainda terá 3 meses de descanso.

Parto

Quando a vaca está no último mês de gestação, o seu leite não deve ser “aproveitado” e ela não deve ser nem mesmo ordenhada porque, devido às suas funções fisiológicas, o leite produzido não é normal.

Depois do parto, eliminada a placenta, encolhidas as paredes do útero, etc. e portanto eliminadas as causas que inibem a produção do leite, o úbere inicia a sua função. Nos 5 a 6 primeiros dias o leite contém colostro, do 5º ao 7º dia é o leite colostral e somente a partir do 8º dia o leite se apresenta com sua composição normal.

O colostro tem um elevado grau de acidez, elevado teor de albumina, alta sensibilidade ao calor e baixo teor de sais e cálcio, sendo por esse motivo completamente contraindicado para a industrialização, pois coagula-se na pasteurização ou no pré-aquecimento, estufando o queijo e rancificando a manteiga, leite em pó, etc. Entretanto, o colostro é indispensável para os bezerros nos primeiros dias de vida, pois serve de alimento por ser mais rico em proteína, dá maior resistência aos animais e é mesmo vacinante, por ser rico em anticorpos. Além disso, serve como laxativo, principalmente a eliminação de mecôneo, pois excita as glândulas do trato intestinal.

Mecôneo é a matéria que enche os intestinos dos fetos e que deve ser expelida logo depois que o bezerro nasce.

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