Na contramão do que ocorre no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus, uma empresa de horta urbana de Palhoça vem tendo bons resultados e aumentou o quadro de funcionários
A região metropolitana de Florianópolis foi a primeira área a decretar isolamento social pelo novo coronavírus em Santa Catarina, em 17 de março. De lá pra cá muitas atividades foram retomadas, outras ainda estão paradas, mas a agricultura não deixou de trabalhar um dia.
Em Palhoça, um dos municípios mais populosos do estado, o campo e a cidade ainda vivem em perfeita harmonia. E foi nessa cidade que o agrônomo Marcos Hubert e o professor Rui Tavares colocaram para funcionar uma horta urbana. São onze hectares onde produzem noventa variedades de vegetais certificados, os chamados produtos orgânicos.
O que mudou foi a rotina na empresa, onde as orientações, já na entrada do galpão, indicam o passo a passo dessas boas práticas. Limpar os calçados, usar álcool em gel, a máscara e observar o distanciamento social fazem parte das novas regras de segurança. Conscientização, agora, é um dever de todos.
A pandemia que já fez mais de 530 mil desempregados em Santa Catarina não afetou, em nada, a empresa dos dois. Aliás, a demanda cresceu 20% nesses dois meses e o número de empregados passou de 10 para 13.
Isso é importante, porque Santa Catarina é hoje o quarto maior produtor de alimentos agroecológicos do país, com 1,3 mil propriedades certificadas. E são essas boas práticas feitas no campo que vão levar um alimento mais seguro ao consumidor.
