Diferenças entre as minhocas
A diferença entre as minhocas nativas ou selvagens, existentes no solo, e a criada ou “doméstica”, dos minhocários, como a vermelha da Califórnia, por exemplo, é que as primeiras se alimentam como podem, procurando os seus alimentos na natureza, enquanto que as criadas em minhocários, por serem mantidas em cativeiro, necessitam ser alimentadas. Essa alimentação consiste, basicamente, em produtos ou matérias orgânicas animais ou vegetais, em estado de decomposição. Além disso, necessitam receber uma certa quantidade de água para manter uma determinada dose de umidade em seu canteiro, o que é feito, quando necessário, de maneira artificial, pela aspersão da água sobre os canteiros em que elas se encontram.
As minhocas nativas se aprofundam mais na terra, à procura de alimentos, enquanto que as domésticas são mais de superfície, sendo seus alimentos naturais as matérias orgânicas em decomposição, sob a forma de estercos ou de compostos. Quando são colocados alimentos no solo, mesmo que sejam ruins para elas, a minhoca vermelha vive, se reproduz e trabalha tão bem ou até melhor do que as nativas. Uma vermelha da Califórnia pode, em 24 horas, ingerir 1 ou 2 vezes o seu próprio peso em terra (solo e alimentos).
Seu aparelho digestivo retira dessa “terra” as matérias nutritivas ou alimentares de que necessita e expele, como fezes, o húmus já “pronto”. Um ponto importante a esclarecer é que as minhocas não prejudicam as raízes das plantas, porque só se alimentam da matéria orgânica em decomposição.
As minhocas, pelo contrário, só beneficiam as plantas, “arando” o solo em que vivem, cavando nele as suas galerias, o que facilita a penetração e o desenvolvimento das raízes e ainda as alimentando com o húmus por elas produzido.
Além disso, elas descompactam ou afofam o solo que fica comprimido, após a passagem de máquinas agrícolas pesadas. O mais importante e principal, no entanto, é o fato de que as minhocas melhoram, fertilizam e dão vida ao solo, tanto as “domésticas”, quanto as “selvagens” ou nativas, apenas com um diferencial de produtividade, que caracteriza as domésticas como mais eficientes para uma criação em canteiro.
