Cultivares de café arábica mais produtivas

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O Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), iniciou-se no início da década de 70. Após quase quatro décadas de intensos e dedicados trabalhos de pesquisa pela equipe de profissionais dessas Instituições, foram disponibilizadas, até o momento, doze cultivares de café arábica para cultivo comercial. Dessas cultivares, quatro são suscetíveis à ferrugem e oito são resistentes às principais raças do fungo causador da doença (Hemileia vastatrix et Berk & Br). É importante ressaltar que os trabalhos de melhoramento são contínuos e novos materiais genéticos estão em fase final de avaliação e serão, em breve, liberados para plantio.

1. Cultivares Suscetíveis à Ferrugem

Acaiá Cerrado MG 1474

Essa cultivar foi selecionada na região do Alto Paranaíba de Minas Gerais, a partir da cultivar Acaiá IAC 474-1, anteriormente introduzida do IAC pela Universidade Federal de Viçosa. A sua origem genética é uma seleção de cafeeiros para sementes graúdas (peneira média variando de 18 a 19) dentro da cultivar Mundo Novo.

É de porte alto e arquitetura cônica, com largura de copa mais afilada do que a maioria das outras cultivares de Acaiá, sendo, por isso, adequada ao sistema de cultivo e colheita mecanizada. Apresenta excelente adaptação às condições do cerrado mineiro, sendo, por isso, muito indicada para cultivo naquela região (Figura 1).

Figura 1. Foto ilustrativa de um cafeeiro da cultivar Acaiá Cerrado MG 1474.


Rubi MG 1192

Origem: é oriunda do cruzamento artificial entre “Mundo Novo” e “Catuaí”, realizado no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) nos anos 60 e introduzida em Minas Gerais pela Epamig nos anos 70. Algumas progênies foram selecionadas e avaliadas em diversas regiões do Estado, onde se destacou a linhagem MG-1192, que foi liberada para o plantio comercial.

Principais características agronômicas: as características vegetativas são semelhantes à Catuaí, inclusive o porte, que é baixo; os frutos são de coloração vermelha, com maturação ligeiramente mais precoce e uniforme que a Catuaí. Apresenta elevada capacidade produtiva e alto vigor vegetativo, sem depauperamento precoce ou seca de ramos produtivos (Figura 2).

Recomendações de cultivo: adapta-se bem às principais regiões cafeeiras do Estado de Minas Gerais.

Figura 2. Foto ilustrativa de um cafeeiro da cultivar Rubi MG 1192 mostrando intensa frutificação.


Topázio MG 1190

Origem: oriunda do cruzamento artificial entre Mundo Novo e Catuaí Amarelo, realizado no IAC nas décadas de 1960 e 1970. Progênies F2 foram introduzidas em Minas Gerais, selecionadas e retrocruzadas com o genitor Catuaí. Novas seleções a partir das progênies resultantes foram realizadas, originando a cultivar Topázio MG 1190, que foi liberada para o plantio comercial.

Principais características agronômicas: as características vegetativas são também semelhantes à Catuaí, incluindo o porte baixo. Apresenta excelente capacidade produtiva e elevadíssimo vigor vegetativo, não exibindo depauperamento precoce depois de elevadas produções. Os frutos são amarelos e a maturação é intermediária entre Catuaí e Mundo Novo, em época e uniformidade (Figura 3).

Recomendações de cultivo: adapta-se bem às principais regiões cafeeiras do Estado de Minas Gerais e, também, de outros Estados.

Figura 3. Aspecto geral de cafeeiros da cultivar Topázio MG 1190, exibindo seu elevado vigor vegetativo.


MGS Travessia

Origem: cultivar pré-lançada para cultivo em junho de 2008, é resultante do cruzamento entre as cultivares Catuaí e Mundo Novo, realizado na década de 1960 no IAC. O objetivo era reunir numa mesma cultivar as características de interesse da cultivar Mundo Novo e da Catuaí, como por exemplo, vigor, produtividade, precocidade, uniformidade de maturação e resposta à poda. No início da década de 1970, com a introdução desse material em Minas Gerais, pelo Sistema Estadual de Pesquisa Agropecuária (Epamig/Ufla/UFV), novos retrocruzamentos foram realizados e as seleções intensificadas, obtendo-se posteriormente as cultivares Rubi e Topázio. Após a obtenção destas cultivares, continuaram as avaliações e seleções de progênies segregantes.

Em ensaios de competição de 37 progênies resultantes desse cruzamento, instalados nas Fazendas Experimentais da Epamig, nos municípios de Três Pontas e São Sebastião do Paraíso/MG e em propriedade particular, no município de Capelinha/MG, foi selecionada a progênie 1190-11-70-2, a qual originou a cultivar MGS Travessia. As avaliações foram feitas, principalmente, com base no desempenho da capacidade produtiva das progênies, após nove colheitas, sendo a última após poda do tipo esqueletamento.

Principais características agronômicas: apresenta porte baixo, semelhante à cultivar Catuaí Vermelho IAC 99, e formato cônico. Os ramos plagiotrópicos apresentam internódios curtos, com ramificações secundárias abundantes. Possui frutos amarelos e brotos de coloração verde. Apresenta excelente produtividade e vigor vegetativo, sem demonstrar esgotamento e seca de ramos produtivos em ano de alta produção. Tem demonstrado excelente resposta à poda do tipo esqueletamento, haja vista a alta produtividade alcançada na primeira safra após este tipo de poda, com produção superior em 36,35% à da cultivar Catuaí Vermelho IAC 99. A classificação por peneira é similar à Catuaí Vermelho IAC 99, com boa porcentagem de peneira 16 e acima (Figura 4).

Recomendações de cultivo: a ótima resposta à poda demonstrada pela cultivar MGS Travessia desperta grande interesse, principalmente, para aqueles produtores que optarem pelo sistema de produção “Safra Zero”. O plantio da cultivar está sendo indicado para o espaçamento entre ruas superior a 2,50m e entre plantas acima de 0,7m e, para o cultivo, são recomendados os mesmos tratos culturais da cultivar Topázio.

Figura 4. Foto ilustrativa de um cafeeiro da cultivar MGS Travessia, apresentando a sua elevada capacidade produtiva.


2. Cultivares Portadoras de Fatores de Resistência à Ferrugem-do-Cafeeiro

O Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro da Epamig colocou à disposição dos cafeicultores, até o momento, oito cultivares de café arábica resistentes à ferrugem. Todas as cultivares disponíveis apresentam porte baixo. Outros materiais genéticos elites, inclusive de porte mais altos, e resistentes à ferrugem estão em fase final de avaliação e nos próximos anos serão disponibilizados para cultivo comercial.

A seguir serão descritas as principais características das cultivares resistentes à ferrugem disponibilizadas para cultivo pela Epamig, lembrando que o fungo causador da ferrugem (Hemileia vastatrix Berk et Br.) apresenta grande variabilidade e, por essa razão, a resistência pode ser quebrada pelo aparecimento de novas raças do fungo. Por essa razão, os trabalhos de melhoramento visando resistência à ferrugem devem ser contínuos para tentar superar as novas raças de ferrugem que aparecem.

Oeiras MG 6851

Origem: Epamig/UFV – foi originada pelo método genealógico de melhoramento, a partir do híbrido CIFC HW 26/5, que é resultante do cruzamento entre Caturra Vermelho CIFC 19/1 e Híbrido de Timor CIFC 832/1, sendo, portanto, uma cultivar pertencente ao germoplasma Catimor. Na geração F4, algumas progênies desse cruzamento destacaram-se quanto à capacidade produtiva, vigor vegetativo, longevidade e resistência à ferrugem; dentre elas a UFV 1340, da qual foi selecionada, em geração F5, a progênie UFV 2983. Uma mistura de sementes das melhores plantas dessa progênie foi registrada em geração F6 como UFV 6851, a qual originou a cultivar Oeiras MG 6851, liberada para plantio comercial na geração F7.

Principais características agronômicas: apresenta copa de formato cônico, com altura e diâmetro de copa ligeiramente inferiores em relação à cultivar Catuaí. Nas condições de Viçosa/MG, atinge altura aproximada de 2,0m e diâmetro de copa de 1,5 a 1,8m, no terço inferior dos cafeeiros, aos 12 anos de idade. Os brotos são de coloração bronzeada, os frutos são vermelhos, e as sementes, graúdas e de formato ligeiramente alongado. A maturação é uniforme e intermediária entre Mundo Novo e Catuaí. Apresenta produtividade semelhante à da cultivar Catuaí Vermelho IAC 44.

Recomendações de cultivo: indicada para as regiões de altitudes mais elevadas do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Sul de Minas e Zona da Mata, no Estado de Minas Gerais. Em razão de sua resistência à ferrugem-do-cafeeiro e de seu porte e arquitetura, pode ser utilizada em plantios adensados como em espaçamentos de 2,0 a 2,5m entre linhas e de 0,45 a 0,70m entre plantas dentro das linhas, mantendo-se uma haste por planta, nos espaçamentos mais reduzidos entre plantas.

Figura 5. Cafeeiros da cultivar Oeiras, mostrando a uniformidade de maturação dos frutos como uma de suas características de destaque.


Paraíso MG H 419-1

Origem: Epamig/UFV – é resultante do cruzamento artificial entre Catuaí Amarelo IAC 30 e a seleção de Híbrido de Timor UFV 445-46. Este cruzamento, em geração F1 recebeu a designação de H 419, na qual foram obtidas nove plantas. No primeiro ciclo de seleção, baseada no vigor vegetativo e na resistência à ferrugem, foram selecionadas quatro plantas F1. As gerações seguintes foram avaliadas na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso, da Epamig, adotando-se o método genealógico de melhoramento. A cultivar Paraíso MG H 419-1 é resultante da mistura de sementes de oito progênies, em geração F4, originárias de seleções da progênie H 419-10-6-2.

Principais características agronômicas: apresenta frutos amarelos, maturação de ciclo médio, sementes graúdas e folhas novas de coloração verde. A altura média dos cafeeiros é de 1,95m, aos 72 meses após o plantio no campo. A arquitetura das plantas é de formato cônico, ligeiramente afilado, com altura, diâmetro e volume de copa menor que da Catuaí Vermelho IAC 15. A capacidade produtiva é elevada, apresentando média acima de 62 sacos beneficiados nas sete primeiras colheitas, na região de São Sebastião do Paraíso/MG.

Recomendações de cultivo: tem apresentado excelente comportamento em várias regiões cafeeiras do Sul de Minas e Zona da Mata Mineira, com produtividades consideravelmente superiores às de Catuaí, sem a necessidade de qualquer controle fitossanitário. Em uma lavoura instalada na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso, da Epamig, a produção da cultivar Paraíso MG H 419-1 superou a da Catuaí Vermelho IAC 99, uma das mais cultivadas naquela região, em 11 sacas de café beneficiado por hectare, na média de sete colheitas. Esses resultados foram alcançados sem que a cultivar Paraíso MG H 419-1 recebesse qualquer tipo de controle químico de pragas e doenças, ao contrário do que ocorreu com a cultivar Catuaí (Tabela 1). Em razão de seu porte reduzido e a resistência à ferrugem, a cultivar Paraíso MG H 419-1 é indicada, principalmente, para espaçamentos mais adensados.

Tabela 1. Produtividade de cultivares de café, em espaçamento 3,5 x 0,5m, na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso-EPAMIG, relativo a sete colheitas (2008).


Figura 6. Cultivar Paraíso MG H 419-1 e detalhes da frutificação.


Catiguá MG1 e MG2

Origem: Epamig/UFV – oriundas de um cruzamento artificial entre um cafeeiro da Cultivar Catuaí Amarelo IAC 86 e uma planta da seleção de Híbrido de Timor UFV 440-10, realizado em Viçosa, em 1980. Desse cruzamento, foram obtidas 16 plantas F1, designadas H 514-1 a 16. A planta H 514-7 foi selecionada e sua progênie, em geração F2, foi testada na Fazenda Experimental Patrocínio/MG (FEPC), da Epamig, e selecionadas as plantas H 514-7-14 e H 514-7-16, cujas progênies F3 foram também testadas na mesma Fazenda. As progênies F4 foram selecionadas no município de Senhora de Oliveira/MG. As progênies das plantas H 514-7-14-2 e H 514-7-16-3, em geração F4, foram plantadas na FEPC, originando as cultivares Catiguá MG1 e Catiguá MG2, em geração F5. O nome Catiguá refere-se à denominação original da cidade de Patrocínio/MG.

Principais características agronômicas: a altura das plantas e o diâmetro médio de copa são ligeiramente menores que da cultivar Catuaí Vermelho IAC 144 e a produtividade é semelhante à da cultivar Catuaí Vermelho IAC 15. São resistentes às raças prevalecentes do fungo causador da ferrugem. A Catiguá pode ser facilmente identificada porque as suas folhas são ligeiramente lanceoladas e estão posicionadas em ângulo agudo em relação ao ramo, sugerindo um formato de espinha de peixe. Os frutos são vermelhos escuros e o ciclo de maturação é médio. A coloração das brotações terminais é bronze na Catiguá MG1 e bronze-claro na Catiguá MG2.

Recomendações de cultivo: essas cultivares, além da resistência à ferrugem, têm surpreendido positivamente no aspecto da qualidade de bebida. Análises sensoriais realizadas por provadores de diferentes associações de cafés especiais, como da brasileira Brazil Specialty Coffee Association (BSCA) e a norte-americana Specilty Coffee Association of América (SCAA), revelaram que, principalmente, a cultivar Catiguá MG2 apresenta excelente qualidade de bebida. Essa cultivar tem se destacado em relação aos aspectos de doçura, acidez corpo e sabor. Tem apresentado nuâncias de aromas cítrico e achocolatado, acidez elevada e bem equilibrada, características muito apreciadas pelos consumidores de cafés especiais. Essas características credenciam essa cultivar para plantios, visando à produção de cafés especiais, também designados como gourmet.

Figura 7. Uma lavoura da Cultivar Catiguá MG1 e detalhes da coloração das folhas jovens.


Figura 8. Campo experimental de cafeeiros da Cultivar Catiguá MG2 instalado na Fazenda Experimental de Patrocínio-EPAMIG, no município de Patrocínio-MG.


Catiguá MG3

Origem: Epamig/UFV – apresenta a mesma genealogia das cultivares Catiguá MG1 e Catiguá MG2. A progênie da planta F1, designada H 514-11, foi avaliada num ensaio na Fepc-Epamig quanto à capacidade de produção, vigor vegetativo e resistência à ferrugem, tendo sido selecionada a cova 813, que foi registrada como H 514-11-5. A descendência dessa planta foi estudada em outro ensaio na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso (Fesp), da Epamig. Nesse experimento, foi selecionada a cova 493 que originou, em geração F3, a progênie registrada como H 514-11-5-5. Dessa progênie, uma mistura de sementes de várias plantas selecionadas foi avaliada em um campo de multiplicação e seleção na Fesp, com o registro de H 514-11-5-5-1, em geração F4. Nesse campo, foram selecionadas 20 plantas que constituíram a progênie H 514-11-5-5-1-1, da qual originaram as sementes F6, que resultaram na cultivar designada Catiguá MG3.

Principais características agronômicas: copa cônica; ramos produtivos de internódios curtos, com moderada ramificação secundária; frutos de coloração vermelha e ciclo de maturação médio; folhas novas de coloração bronze; elevada capacidade produtiva, sem a necessidade de controle químico da ferrugem; e é resistente ao nematóide das galhas da espécie Meloidogyne exigua.

Recomendações de cultivo: indicada para plantio em locais com alta infestação de nematóides das galhas (M. exigua) e onde o ataque de ferrugem é severo e de difícil controle.

Figura 9. Lavoura da Cultivar Catiguá MG3 na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso-EPAMIG, no município de São Sebastião do Paraíso-MG.


Araponga MG1

Origem: Epamig/UFV – derivada da hibridação artificial entre Catuaí Amarelo IAC 86 e Híbrido de Timor UFV 446-08. No avanço de gerações, foi adotado o método genealógico de melhoramento. A geração F1foi obtida e conduzida no Campus da UFV-MG, sob a designação H 516. A planta H 516-2 foi selecionada e suas progênies F2, F3 e F4 foram testadas na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso (Fesp), MG. Foi selecionada a planta H 516-2-1-1-18 e sua progênie em geração F5, foi testada em ensaios de competição na Fazenda Itatiaia, no município de Araponga/MG, e na fazenda experimental da Epamig, no município de Machado/MG. A fase final de multiplicação e seleção foi realizada na Fesp e lançada em geração F6.

Principais características agronômicas: a produtividade é ligeiramente superior ao Catuaí Vermelho IAC 44, em ensaios instalados nos municípios de Machado e Araponga, MG. Apresenta altura e diâmetro da copa um pouco superior ao Catuaí. Possui alto vigor vegetativo. Os brotos terminais são verdes, com tonalidade levemente bronzeada quando muito jovens. Os frutos são vermelhos, com ciclo de maturação médio.

Recomendações de cultivo: tem apresentado bom desempenho nas principais regiões cafeeiras do Estado de Minas Gerais, no entanto o cafeicultor deve cultivá-la, inicialmente, em pequenos lotes para observar o seu comportamento local.

Figura 10. Cafeeiros da cultivar Araponga MG1 aos dois anos de idade.


Pau-Brasil MG1

Origem: Epamig/UFV – é derivada da hibridação artificial entre a cultivar Catuaí Vermelho IAC 15 e o Híbrido de Timor UFV 442-34. A geração F1 foi obtida e conduzida na Universidade Federal de Viçosa, sob a designação H 518. As seleções posteriores foram feitas pelo método genealógico na Fazenda Experimental de Patrocínio, na Empresa “Da Terra Atividades Rurais Ltda.”, em Patrocínio e na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso, Epamig, em Minas Gerais, dando origem à cultivar Pau-Brasil MG1, em geração F5.

Principais características agronômicas: frutos vermelhos e maturação média; folhas jovens de coloração verde; imune às raças prevalecentes de ferrugem; destaca-se pela elevada capacidade produtiva, alto vigor vegetativo e boa arquitetura de plantas.

Recomendações de cultivo: indicada para plantio nas regiões cafeeiras do Sul de Minas e Alto Paranaíba, no Estado de Minas Gerais.

Figura 11. Lavoura da cultivar Pau-Brasil MG1 instalada na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso-EPAMIG, município de São Sebastião do Paraíso-MG.


Sacramento MG1

Origem: Epamig/UFV – é derivada da hibridação artificial entre a cultivar Catuaí Vermelho IAC 81 e o Híbrido de Timor UFV 438-52, este último doador da resistência à ferrugem. Na obtenção desta nova cultivar, foi adotado o método genealógico de melhoramento. A primeira geração foi obtida e conduzida no Campus da Universidade Federal de Viçosa, sob a designação de H 505. A planta H 505-9 foi selecionada e a sua progênie F2 testada na Fazenda Experimental de Patrocínio/Epamig, selecionando-se a planta H 505-9-2, cuja progênie F3 foi também testada na mesma localidade. A planta H 505-9-2-2 foi, então, selecionada e sua progênie F4 foi avaliada na Fazenda Da Terra, em Patrocínio/MG. Uma mistura de sementes, na geração F5, derivadas de plantas F4 selecionadas, foi designada de H 505-9-2-2-1 e conduzida em campo de multiplicação de sementes na Fazenda do Rei, em Sacramento/MG, originando a cultivar Sacramento MG1.

Principais características agronômicas: é resistente às raças predominantes do agente causador da ferrugem-do-cafeeiro. Apresenta porte baixo e copa de formato cônico. Os ramos plagiotrópicos apresentam internódios curtos, com ramificações secundárias abundantes. Os frutos maduros são vermelhos e as folhas novas, de cor predominantemente verde. A produtividade foi comparável à da cultivar Catuaí Vermelho IAC 15, nos ensaios de competição conduzidos em Patrocínio. Destaca-se pelo seu exuberante crescimento vegetativo e pela sua alta capacidade de produção inicial.

Recomendações de cultivo: indicada para cultivo na região do Alto Paranaíba, no Estado de Minas Gerais, onde tem apresentado desempenho semelhante a superior às cultivares plantadas naquela localidade, com a vantagem de não haver necessidade de controle químico da ferrugem.

Figura 12. Lavoura da cultivar Sacramento MG1 instalada em uma fazenda particular do município de Sacramento, na região do Triângulo Mineiro, no Estado de Minas Gerais.

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