Corteva lança inseticida contra a broca com ingredientes ativos ‘verdes’

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Produto tem na sua fórmula metoxifenozida e a espinetoram com ação específica em insetos-alvo.

A americana Corteva aproveitou o momento de recuperação do setor sucroenergético – mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus – para lançar um produto direcionado ao combate da principal praga das lavouras de cana-de-açúcar, a broca da cana. De acordo com a compahia, os dois princípios ativos contidos no produto ganharam o prêmio de química verde, chancelado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), por sua ação específica em insetos-alvo, seletividade aos organismos benéficos em condições de campo e baixo residual.

O Revolux é um inseticida que utiliza pelo menos dois ingredientes ativos inéditos – o metoxifenozida e a espinetoram – para combater a praga. A broca da cana provoca prejuízos na ordem de R$ 5 bilhões ao ano para os produtores rurais. De acordo com Rodrigo Takegawa o produto é uma alternativa para o produtor gerenciar o manejo, com dois modos de ação diferenciados, com seletividade aos inimigos naturais. “É um produto referência para o manejo integrado de pragas que permite rotacionar modos de ação dentro da estratégia do manejo de resitência”, explica Takegawa.

Recuperação do segmento

O setor sucroenergético foi um dos segmentos que mais sentiram os efeitos da pandemia do novo coronavírus, declarada em meados de fevereiro deste ano na Europa. Caio Carvalho, da CanaPlan, acredita, porém, que apesar das turbulências enfrentadas pelo setor, o pior momento já passou. “Houve uma queda muito significativa na demanda pelo etanol (11,3%) e também na queda de preços, que geraram dificuldades operacionais, como o capital de giro das empresas e investimentos em plantios, indicando uma lenta recuperação”, disse. “Mas tudo indica que o setor já está se recuperando e deve, nos próximos meses, colher resultados mais otimistas”.

Carvalho apontou que a safra 2020/2021 será mais açucareira e, neste sentido, a capacidade brasileira de atuação traz boas expectativas. “As usinas da região Centro-Sul do Brasil têm condições de manter um ritmo acelerado na colheita com foco na produção de açúcar. Até agora, os produtores estão esmagando cana jovem, com bons rendimentos, o que significa que a cana mais velha terá rendimentos mais baixos só no terço final da safra 2020/2021”, disse.

Ele ainda cita que, no mercado de açúcar, alguns dos maiores produtores, como a Rússia e a Índia, enfrentam secas severas e quedas na produção. “Há uma clara recuperação do mercado e no setor de etanol, o RenovaBio também elevou os ânimos do setor”, afirmou.

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