Confinamento de bovinos

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Confinamento de bovinos
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Confinamento de bovinos

Apesar do sistema de engorda a pasto ainda ser o mais praticado no Brasil, o confinamento está ganhando, cada vez mais, um bom espaço entre os pecuaristas do País. Isso tem se dado, principalmente, pela tendência irreversível de se tentar obter, através das melhores técnicas da zootecnia, maiores lucros, com uma criação que obtenha produtos de qualidade diferenciada.

Em regiões nas quais a terra é muito valorizada, o custo das pastagens torna-se muito alto e reduz ou até mesmo inviabiliza uma grande produção pelo sistema de pasto. Entretanto, se utilizarmos o confinamento, é possível, em uma área bem menor, criar a mesma quantidade de animais, obtendo-se boa produção com alta produtividade. A alimentação feita no confinamento é muito mais rica que o pasto e, desta forma, a engorda é mais rápida e a qualidade da carne se torna superior. Além disso, o couro obtido dos animais também apresenta melhor qualidade, sendo mais valorizado e melhor aproveitado, conseguindo-se um preço diferenciado no mercado.

Quanto às instalações necessárias, o criador poderá construí-las totalmente ou, se possível, adaptar construções que estejam sem uso ou subaproveitadas na propriedade.

Como o processo de engorda é mais rápido do que ocorre com animais criados a pasto, é possível realizar o abate precoce, em torno de 105 a 120 dias, permitindo que sejam abatidos até três grupos de animais, por anos, que tenham sido criados na mesma área.

O índice de conversão dos animais confinados, também, é mais elevado do que no sistema convencional, fazendo com que cada animal produza uma maior quantidade de carne e, como já mencionamos, com maior qualidade e com maior potencial de mercado. O aproveitamento da ração fornecida também é maior pelo fato de que os animais se movimentam bem menos do que no pasto e, por essa razão, gastam menos energia, além de deixar sua carne mais macia.

Confinamento de gado leiteiro

O sistema mais utilizado no Brasil é o de semi-estabulação. Neste sistema, é fornecida alimentação suplementar nos estábulos, onde as vacas são ordenhadas até duas veze por dia. A ordenha pode ser feita manualmente ou, preferencialmente, de forma mecânica. Apesar de ser o sistema mais utilizado, este se adéqua somente à produção de leite C e, eventualmente ao B.

O sistema utilizado para alta produção, com qualidade elevada é conhecido como estabulação livre. Nesse sistema os animais circulam por um complexo de instalações interligadas tendo, ainda, áreas abertas para se exercitarem e baias individuais cobertas, sem portas, nas quais os animais podem entrar e sair livremente. São realizadas duas a três ordenhas mecânicas por dia, obtendo-se uma maior produção, com melhor grau de qualidade.

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