Como trabalham as abelhas operárias

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Como trabalham as abelhas operárias

No primeiro dia de vida, logo que nascem, já adultas, saem cambaleantes sobre os favos, tomando conhecimento de seu mundo, a colméia. Seu corpo é coberto por pelinhos (como penugens) creme-pálidos. Têm os ovários atrofiados, não podendo se reproduzir normalmente. Sua função é fazer todos os serviços da colméia, durante toda a sua curta vida de 38 dias, em média.


Ficam fremindo as asas levemente, limpando as antenas e esticando a língua, como se estivessem bocejando e, às vezes, enfiam a cabeça em um alvéolo de mel.

No segundo e terceiro dias de vida elas começam a trabalhar como faxineiras, na limpeza dos alvéolos e no cortejo à rainha. Do quarto dia, até o décimo quarto dia de vida, passam a ser nutrizes (amas), que engolem mel, pólen e água que são misturados em seu papo. Depois, a mistura é regurgitada, na forma de geléia real, dentro dos alvéolos e realeiras com larvas. Com seis dias, dão o primeiro vôo.

Em seis dias preparam cerca de 10.000 “refeições” para as larvas. Depois do décimo dia, diminui a sua produção de geléia real, mas começa a de cera, pelas glândulas cerígenas. Esta produção vai até o décimo sexto ou décimo oitavo dia de vida da operária.

Do décimo quarto ao vigésimo dia de vida, as operárias passam aos serviços de guarda ou de “ventiladores”, quando a colméia precisa de ventilação para diminuir a sua temperatura interna ou para evaporar a água, amadurecendo o mel. Sua bolsa de veneno já está cheia e seu ferrão pronto para funcionar, armando-as como guardas, vigiando o alvado e todos os orifícios ou frestas por onde possa passar algum inimigo.

À esta altura de suas vidas, já estão completamente treinadas e conhecem todos os serviços internos, passando a controlar todo o movimento da colméia, dando as ordens. São as que mandam, mais do que a rainha, sendo conhecidas também como “abelhas diretoras”, porque são elas que ordenam a saída de enxames ou as impedem. Também controlam o abandono da colméia, em casos de emergência, onde e como construir os favos, agindo como engenheiras. Fazem o peloteamento e retiram as abelhas cansadas, além de outras tarefas que sejam necessárias.

No vigésimo primeiro dia de vida, já aprenderam e fizeram de tudo, já entraram em contato com o exterior, sua visão já se adaptou às cores e distâncias, identificam suas companheiras e aprenderam a “linguagem das abelhas”, pois precisam dela para receber os “boletins” diários sobre o tempo, local e possibilidades das colheitas. Isto é feito pelas “danças” das que saem primeiro e regressam e que, na volta, dançam em círculos, formando um número 8 achatado e vibrando o abdomem, produzindo um ultra-som, indicando a distância e a direção em que fica o local das fontes de pólen e néctar.

Depois dessa fase, já estão prontas para sua nova função, que é se tornar abelhas campeiras, sendo responsáveis pela busca de pólen, néctar, própole, água e sal. Exercerão esta atividade até o final de suas vidas. No Brasil, vivem de 38 a 42 dias, em média, enquanto que nos climas frios podem chegar aos seis meses, quando em inatividade.

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