Carne de búfalo: um caso à parte
Alvo de alguns entraves comerciais no passado, o mercado da carne de búfalo vem dando a volta por cima e se garantindo como um produto diferenciado nas geladeiras dos supermercados e açougues. Só para lembrar, até pouco tempo atrás, a arroba da carne de búfalo era comprada pelos frigoríficos pelo mesmo preço da carne de vaca. Não se avaliam as qualidades, que se traduzem em 55% menos calorias, 40% menos colesterol, 12 vezes menos gordura, 10% mais minerais e 11% mais proteínas comenta o presidente da ABCB, Rogério Rocha Loures. Além disso, acrescenta ele, esqueciam que, além da melhor qualidade da carne, os subprodutos bubalinos também apresentam vantagens. Como exemplo, citou o o couro, que por sua utilização em estofamentos de carros importados, chega a ter sua manta avaliada em R$ 800,00.
Hoje, o búfalo ganhou destaque, sendo comercializado no mesmo valor da arroba do boi, principalmente no Rio Grande do Sul. Recentemente, o setor recebeu incentivos dos governos estaduais da Bahia e Pernambuco, que disponibilizaram R$ 30 milhões e R$ 18 milhões, respectivamente, para incrementar os rebanhos em suas regiões.
Há um ano, a rede de supermercados Carrefour está disponibilizando a carne de búfalo em suas prateleiras do estado de Minas Gerais. Devidamente identificado, o produto vem sendo comercializado com grande êxito. Segundo alguns criadores mais otimistas, a experiência não tomou São Paulo como ponto de partida porque poderia faltar mercadoria. “Fora isso, estamos para receber, da Associação Brasileira de Cardiologia, um selo que ateste o baixo teor de colesterol da carne de búfalo, o que acrescentará um novo apelo de venda”, finaliza Loures.
