Araruta – características e cultivo

Araruta – características e cultivo

A araruta (Maranta arundinácea) é uma planta originária do Brasil, de clima tropical, mas que pode ser cultivada em climas mais frios ou em altitudes de até 2000m. É uma erva que produz um fruto cujas sementes são de cor vermelha e o seu caule, subterrâneo, quando ralado, produz uma fécula branca, bastante nutritiva e que é utilizada como alimento humano. Cada 100gr de fécula fornecem 340 calorias e em sua composição nutritiva encontramos vitamina B1, proteínas, ferro, cálcio e fósforo. Apesar de ser uma planta brasileira, sua exploração industrial no Brasil é relativamente pequena.

Seu aproveitamento comercial vem exatamente da fécula obtida, que pode ser industrializada da mesma forma que a da mandioca, utilizando-se até o mesmo maquinário. Para a obtenção da fécula, que é um pó branco, as raízes devem ser lavadas, raspadas, lavadas novamente, moídas e separadas do bagaço. Depois, o processo continua com a secagem, a pulverização e, finalmente, com o acondicionamento do produto final. Para termos uma idéia da produtividade desta planta, cada 100kg de araruta são suficientes para a produção de cerca de 18kg de fécula.

Existem algumas variedades de araruta, sendo a que apresenta caule claro considerada melhor, pois produz uma fécula de melhor qualidade. Independente da sua espécie ou variedade, a araruta também é conhecida como embiri, araruta-caixulta, araruta-palmeira, entre outras denominações.

O plantio deve ser realizado durante a estação das chuvas, que varia de acordo com a região do País. Os solos mais indicados para o seu cultivo devem ser leves e ricos em matéria orgânica ou devidamente fertilizados com adubo orgânico, de preferência o humus das minhocas. É um arbusto que forma touceiras volumosas, de fácil propagação e que pode chegar até 30cm de altura.

Deve ser plantado em sulcos ou covas, com 12cm de profundidade e com um espaçamento de 50cm entre as plantas e 1m entre as fileiras, o que torna possível o plantio de 20.000 arbustos por hectare, com uma produção de 15 a 20 toneladas por hectare. Utiliza-se os rizomas (caule) para a propagação. Devem ser colocados 3 rizomas por cova e depois cobertos com terra.

Os tratos culturais necessários são bastante simples, consistindo em manter o solo livre de plantas invasoras. A colheita é realizada de 10 a 12 meses após o plantio, quando as plantas mudam de cor, ficando amareladas ou esbranquiçadas e as folhas começam a murchar.