Vantagens da castração para o gado de corte
Vantagens da castração para o gado de corte
Há uma série de vantagens que o criador pode obter com a castração de seus animais, se eles se destinam ao corte. Existem pelo menos nove boas razões para isso, que são:
– Maior crescimento e engorda, em menos tempo. O crescimento continua, ainda, até mais tarde;
– A carne do animal torna-se mais macia e de melhor qualidade;
– Os animais ficam mais calmos, mansos e obedientes, prestando-se melhor para o manejo;
– A anca apresenta-se mais larga e os quartos traseiros mais desenvolvidos. Com isso, é aumentado o seu valor no frigorífico, pois essas partes são consideradas carne de primeira;
– Evita-se que os animais sem valor se transformem em reprodutores e tenham filhos defeituosos, doentes ou de baixo rendimento, que somente causam prejuízos ao criador;
– Permite que os machos castrados continuem juntos, mesmo com as fêmeas, sem perigo de brigas e acasalamentos indesejáveis, o que acontece quando são “inteiros”, pois até os reprodutores toleram a sua presença;
– Serve como cura para machos que, por doença, estão sempre excitados sexualmente e fazem várias coberturas por dia, extenuando-se;
– Evita o cio permanente nas fêmeas, o que, além de prejudicar seu rendimento, as torna nervosas;
– Vacas castradas podem ser aproveitadas como leiteiras durante quatro anos, antes de ir para o corte.
Idade para a operação
Quanto mais cedo for realizada a castração, maiores serão os resultados obtidos, pois as modificações nos animais acontecerão mais rapidamente. De modo geral, a castração pode ser feita em qualquer idade.
Para os bovinos, as épocas mais indicadas são as seguintes:
– Bezerros – destinados ao frigorífico: quando ainda estão mamando;
– Bois para trabalho – ao atingirem dois anos de idade;
– Vacas – quando estão adulta.
Método de castração
Dos vários métodos utilizados para a castração de machos bovinos, há dois que são mais praticados:
– Torquês: assim chamado porque emprega esse objeto para esmagar as veias, artérias, canais e ligamentos dos órgãos reprodutores. Separados um do outro, os testículos do animal vão-se atrofiando dentro da bolsa que os abriga (saco escrotal) e, aos poucos, são absorvidos pelo organismo do boi. Desaparecem completamente depois de, aproximadamente, quarenta dias. Esse método tem a vantagem de não ser muito doloroso e de não exigir cortes, evitando-se, assim, o perigo de infecções. Quando bem aplicado, dá bons resultados.
– Ablação dos testículos: também conhecido como “castração a canivete”. Consiste em se fazer um corte na bolsa escrotal e, através dele, retirar os testículos do animal. Para efetuar essa operação, é preciso que o animal esteja preso e não possa mover-se durante a castração. Pode-se utilizar anestésicos ou sedativos para que o animal fique imóvel e não sinta a cirurgia.
No Brasil, as castrações são, geralmente feita por leigos, nas criações, normalmente, peões e funcionários que estão acostumados a esta tarefa. Entretanto, castrar vacas é uma tarefa muito mais difícil e só deve ser confiadas a médicos veterinários.
Seja em machos ou fêmeas, a castração deve ser sempre bem feita e completa, com a total retirada ou neutralização dos testículos ou ovários, para que se produzam os efeitos desejados sobre o organismo dos animais.
Se apenas um testículo for retirado do macho ou um ovário da fêmea, o outro se desenvolverá e compensará o que foi eliminado. Os animais continuarão, assim, com suas funções normais e poderão reproduzir-se, como se a castração não tivesse sido feita, anulando o trabalho anterior.
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