O cultivo do anil

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O cultivo do anil
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O cultivo do anil

O anil (Indigofera timetoria) é uma planta cujas folhas e ramos são a matéria-prima para uma tinta azul, muito utilizada pela industria têxtil de todo mundo, principalmente na confecção de jeans e como corante para diversos tipos de roupas e acessórios.

É uma planta de origem asiática, mais precisamente da Índia e, por essa razão, se adapta melhor em climas quentes e úmidos, característicos de sua região de origem. Prefere solos férteis e com alta concentração de calcário, além de se desenvolver melhor em regiões de baixadas.

O seu plantio deve ser feito com um espaçamento de 40 cm entre os sulcos, nos quais serão colocadas as sementes, que deverão ser cobertas por uma fina camada de terra. A melhor época para o plantio das anileiras no Brasil é durante o mês de fevereiro, dependendo da região, após as chuvas de janeiro.

O terreno deve ser preparado para a semeadura, tendo em vista o melhor desenvolvimento possível das plantas. O solo deve ser revolvido, gradeado e ser fertilizado com adubo orgânico. É muito importante que o terreno seja constantemente limpo, pois as plantas invasoras podem facilmente interferir ou até mesmo destruir uma plantação, causando enormes prejuízos aos agricultores.

A colheita acontece por volta de setenta dias após a semeadura, quando as plantas já começam a florescer e suas folhas e ramos já estão no ponto para a colheita. Após a primeira colheita, deve ser feita uma poda, o que possibilita uma segunda colheita, menor, que deve ser feita cerca de 45 dias depois da primeira.

No plantio comercial das anileiras, utiliza-se cerca de 10 kg de sementes para cada hectare plantado e, se bem cultivada, esta mesma área poderá render 1.200kg de folhas e ramos, necessários para a preparação de 330kg de anil têxtil.

O anil é, em geral, beneficiado pelos próprios produtores ou por indústrias especializadas na fabricação de corantes mas, em alguns casos, as folhas e os ramos são vendidos diretamente para as indústrias têxteis que se encarregam da produção dos seus próprios corantes.

O processo de beneficiamento do anil, isto é, da “transformação” de suas folhas e ramos em corante, é bastante simples. Para isto, a técnica mais utilizada é a de fermentação em água fria, durante 1 dia, processo este que, através da compressão das folhas e ramos debaixo da água por 24 horas, extrai-se o material corante, que fica depositado no fundo dos recipientes. Depois disso, é necessário somente que se retire a água para a coleta de uma pasta, que é, efetivamente, o corante chamado de anil.

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