Comercialização das Rãs

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Comercialização das Rãs
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Comercialização das Rãs

O maior problema que o ranicultor enfrenta é o de atender os pedidos, pois eles são sempre muito superiores à sua capacidade de produção e isso em termos de mercado interno, é claro, desde que o produtor esteja devidamente “conectado” aos devidos canais de escoamento da sua produção.

Quanto à exportação, os mercados mundiais aí estão, ávidos e prontos para absorver milhares de toneladas por ano. Podemos afirmar, ainda, que a demanda está, e muito, reprimida pela oferta: se não há carne de rãs para atender a uma pequena parte dos pedidos, como é possível ampliar o mercado consumidor?

Como consumidores, podemos destacar a Europa, Canadá, Estados Unidos, Venezuela, Chile, Argentina, Brasil e China. Quanto ao Japão, embora não consuma carne de rã, foi considerado o maior exportador, até 1972, quando os Estados Unidos suspenderam as importações desse país, pois suas rãs estavam contaminadas por inseticidas usados nas plantações de arroz em que elas eram criadas.

Outro país que teve problemas com exportação de rãs para os Estados Unidos foi o México, pois foram encontradas partidas de carne contaminadas por salmonellas, bactérias responsáveis, principalmente, por infecções intestinais, o que fez com que o governo Americano suspendesse as importações do México.

Existem vários canais para a exportação e a comercialização das rãs no mercado interno. Podemos citar, por exemplo, as associações de criadores, cooperativas agrícolas, empresas especializadas no comércio e exportação desse produto e centrais de abastecimento, como o CEAGESP, em São Paulo. Os principais compradores, no Brasil, são os restaurantes de classe internacional, peixarias e mercearias especiais, supermercados, mercados municipais, entrepostos de pescados, entre outros.

Pelo exposto, podemos facilmente verificar as grandes possibilidades de mercado, permitindo aos ranicultores obterem bons lucros e ao Brasil, exportar o produto, obtendo substancial volume de divisas.

É importante que os criadores brasileiros não se esqueçam do que ocorreu no México e no Japão e façam de tudo para obter um produto de alta qualidade, isento de infecções e contaminações. Aliás, qualidade é tudo nos dias de hoje, pois existe um mercado globalizado e competitivo, onde se destacam e vencem os que produzem mais, com maior qualidade e preços compatíveis.

A comercialização das rãs pode ser feita das diversas maneiras que se seguem:

– Rãs vivas- para abate;

– Carne ou rãs abatidas – sendo as carcaças inteiras, vendidas frescas ou congeladas, de acordo com as circunstâncias;

– Pernas de rãs – destinadas principalmente à exportação para os Estados Unidos e outros países que só consomem essas partes;

– Carne de rã industrializada – enlatadas ao escabeche, ao creme, etc.;

– Patê de fígado;

– Couros secos ou curtidos;

– Reprodutores – adultos ou quase em fase de reprodução;

– Girinos selecionados – para reprodução;

– Girinos de corte – para recria e engorda pelos compradores, como é feito para os pintos de 1 dia;

– Girinos – como iscas para pescarias.

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