Urucum
Urucum
É justamente a sua polpa que torna o urucum, atualmente, uma das melhores opções para quem quiser ganhar dinheiro, porque é ela que produz um excelente corante natural de grande emprego na culinária e em indústrias alimentícias. Como alguns países do mundo não mais permitem o uso de corantes artificiais em produtos alimentícios, o urucum acaba encontrando uma boa aceitação no mercado internacional.
O urucueiro vegeta bem em qualquer terreno, exceto em regiões frias ou sujeitas a geadas. Sua multiplicação é feita por sementes que devem ser plantadas em canteiros como os preparados para as hortaliças, com espaçamento de 10cm entre as covas ou 10cm entre os sulcos, com uma semente a cada 10cm. Cobrir com uma camada de 0,5cm de espessura. Regar e depois cobrir com folhas ou palha, para proteger a sementeira. Manter o canteiro sempre um pouco úmido.
Quando as plantinhas tiverem 10cm de altura, podemos tirar a cobertura e quando atingirem 20cm, fazemos a seleção, deixando somente as perfeitas e bem desenvolvidas. Podemos usar, também, saquinhos plásticos. O transplante é feito para o local definitivo quando a planta ou muda atinge 30cm de altura, em geral em 4 meses, mais ou menos, de agosto a dezembro e de preferência em dia chuvoso e com espaçamento de 5x5m.
Podemos, também, semear diretamente no lugar definitivo, dependendo das circunstâncias. Devemos fazer, anualmente, a poda dos galhos principais para que surjam novas ramificações, na ponta das quais sairão as flores.
A produção começa conforme a região, dos 2 ou 3 anos em diante. A colheita é feita quando as cápsulas começam a abrir e devemos cortar os “cachos” inteiros, pelo pendúnculo, atingindo 600kg/ha na primeira colheita e vai aumentando anualmente.
O beneficiamento é feito da seguinte maneira: levamos esses cachos ou panículas para o terreiro, tiramos as sementes das cascas e as deixamos secar ao sol, em cima de panos, misturando várias vezes durante o dia para a secagem ficar mais uniforme e até que elas fiquem bem secas, estando prontas para a comercialização, para serem vendidas.
O urucum é muito empregado na indústria de queijos e de embutidos (salsichas, etc.). Os índios já o usavam quando Cabral descobriu o Brasil e o faziam como proteção contra insetos, para proteger a pele dos raios solares e como pintura sendo, também, um produto de beleza.
As gorduras animais e vegetais são os melhores dissolventes para o urucum que neles se conserva indefinidamente sem sofrer nenhuma alteração e pronto para ser utilizado na cozinha e na medicina caseira. Junto com o pimentão, produz o colorau, muito conhecido das donas de casa.
Outra maneira, esta bem caseira, de tirar o corante do urucum é a seguinte:
Para tirar o vermelho que fica nas mãos, quando lidamos com o urucum, basta lavá-las com sabão, várias vezes.
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