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A verdadeira origem da mozarela

A verdadeira origem da mozarela

A verdadeira origem da mozarela

A verdadeira origem da mozarela

Para quem não sabe, a mozarela de búfala não é uma novidade e sim a origem do tão famoso queijo. O próprio Aurélio define a palavra como “queijo magro de búfala”, ao contrário do que a maioria dos brasileiros pensa.

Se na Itália, berço da mozarela, o produto é tão comum, no Brasil é só agora que este queijo está deixando de ser uma coisa rara. Na capital mineira, por exemplo, os grandes supermercados e as delikatessens já incorporaram a mozarela de búfala como item indispensável.

Membro de uma família conhecida como pioneira na criação de búfalos, o presidente da Associação Mineira dos Criadores de Búfalos e vice presidente da associação brasileira, Maurício Lapertosa, tem história para contar no ramo. Segundo ele, o consumo da mozarela de búfala tem crescido muito nos últimos cinco anos.

Além das qualidades nutricionais, o produto tem menos colesterol, embora seja mais gordo, e é riquíssimo em vitaminas. A alta produtividade em comparação com o leite de vaca é um ponto que tem atraído os produtores. Para cada cinco litros de leite de búfala pode ser produzido um quilo de mozarela, enquanto que para fabricar um quilo de mozarela de leite bovino, a proporção é de 10 a 12 litros, explica Maurício Lapertosa.

Além da alta produtividade, o produto é muito mais valorizado nas gôndolas dos supermercados. A mozarela de búfala custa em média, um pouco mais do dobro, se comparada à similar, feita com leite de vaca. O preço é “salgado”, mas a produção ainda é insuficiente para atender a demanda, afirma o criador.

A produtora Marisa Guerra fabricaria a mozarela de búfala se sua fazenda não ficasse em Conceição do Mato Dentro (MG), na região do Serro. Criadora há cinco anos, desde que herdou a fazenda do pai, como faz questão de afirmar, ela se apaixonou por esses animais e hoje fabrica o queijo tipo Minas e ricota. “A região do Serro é famosa pela qualidade de seus queijos, que são os melhores”. Isso acontece por causa de uma bactéria típica do local, responsável pelo sabor único dos produtos de lá. “Eu não posso desperdiçar”, diz ela. Trabalhar com os derivados da búfala, segundo Marisa Guerra, vale também a pena do ponto de vista da valorização do produto.