Valorização da carne de búfalo
Valorização da carne de búfalo
Esses animais vem produzindo carne de alta qualidade, a qual serve de alimento para a população e fonte de renda para os pecuaristas. Na produção de carne, o produto comercializado é a carcaça, a qual, contudo, para atingir o consumidor deve ser desdobrada nos cortes comerciais.
No abate, comparados aos bovinos, percebe-se uma diferença de até 5% no rendimento da carcaça, a favor dos bovinos, devido ao couro mais espesso e pesado, 1 a 2%, os chifres mais pesados e cerca de 2 a 3% a mais de conteúdo gastrointestinal dos búfalos, afetando de certa forma a comercialização da espécie.
Os bubalinos ainda apresentam um padrão de deposição de gordura ligeiramente diferente dos bovinos. Comparando-se com carcaças de bovinos da melhor qualidade, os búfalos apresentam um acúmulo de gordura maior nas paredes do tórax e na cavidade abdominal, um acúmulo menor entre grupos de músculos e menor ainda dentro dos músculos, resultando numa menor marmorização, ou seja, gordura impregnada na carne.
A composição da carne de búfalo é a seguinte:
– matéria seca: 36,9%
– proteína: 36,9%
– gordura:17,67%
– minerais:18,17%
– Energia: 241 Cal em 100g
Essa composição é a mesma da carne bovina, apenas apresentada em proporção diferente. A porcentagem de gordura separável é ligeiramente maior enquanto a de ossos é um pouco menor. Já o teor de proteína foi razoavelmente maior nos búfalos devido a uma maior concentração de tecido conectivo. O diâmetro das fibras do músculo de búfalo tende a ser menor sugerindo que a sua estrutura não é mais grosseira, como se imaginava. Isso se deve a uma mais lenta maturidade do búfalo em relação ao bovino.
A carne de búfalo é um produto de qualidade semelhante à carne bovina apresentando características ligeiramente diferentes desta, sendo dela diferenciada com dificuldade ou até mesmo sendo com ela confundida, quando exposta à comparação em testes de degustação.
A carne de búfalo tem melhor marmorização, maior taxa de carne magra, maior taxa de proteína, mais pigmentação e menos umidade que a carne de bovino. Não houve diferença significativa para sabor, maciez e suculência geral. Afirma-se, ainda, que ela é bastante adequada para o mercado consumidor de carnes magras, principalmente para regimes alimentares.
Tendo em vista as promissoras condições de produção da carne de búfalo e de que a mesma apresenta qualidade igual ou superior a dos bovinos, existe um grande esforço para colocá-la no mercado. A aceitação da mesma pelos consumidores é fundamental para a valorização do produto e para o desenvolvimento desta atividade produtiva.
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