Sucessão familiar no agronegócio é alternativa para a viabilidade dos negócios

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O setor de agronegócios representa um futuro muito rentável para o agricultor no Brasil, mesmo diante de todas as instabilidades econômicas, a produção de alimentos e insumos agrícolas lideram o mercado e mantêm o Brasil como um dos maiores fornecedores mundiais. Mas, para a manutenção desse cenário, em curto e longo prazo, é preciso fomentar a consciência da preservação do negócio familiar, bem como, o planejamento da sucessão.

A agricultura familiar representa hoje 70% da produção de alimentos no país e há oito milhões de jovens, entre 15 e 29 anos, que vivem no campo, segundo dados do IBGE. Um pesquisa da Emater, de 2013, destaca que 54% dos homens e 74% das mulheres não pretendem continuar na zona rural. Esses dados refletem uma realidade de desconhecimento e despreparo desses jovens para a continuidade dos negócios da família. “Ainda hoje o planejamento sucessório é pouco adotado entre as famílias que se dedicam ao agronegócio. Com alguns cuidados e orientação, é possível continuar a ter um negócio rentável mesmo após o falecimento do patriarca”, por exemplo, comenta Dr. Ubirajara Costódio Filho, sócio-fundador do escritório de advocacia Hilú, Costódio & Caron Baptista.

Segundo ele, se o patrimônio não foi compartilhado em vida entre os herdeiros, nem houver testamento, os herdeiros poderão litigar, durante anos, no processo de inventário, para resolver a partilha dos bens. “Além da questão patrimonial propriamente dita, a falta de um planejamento sucessório adequado muitas vezes dá margem para litígios judiciais entre os herdeiros, por longos anos, sobre quem assumirá a direção da empresa e negócios, o que gera muitos prejuízos e insegurança para todos. Por outro lado, se o patriarca não quiser passar tudo ainda em vida, pode deixar um testamento e celebrar acordo de sócios para preestabelecer as diretrizes de sucessão na empresa”, esclarece o advogado.

Além disso, a ausência de tal planejamento acaba custando mais caro, pois as despesas com tributos e inventário onerarão os herdeiros, sem que estes tenham se preparado para suportar tais encargos.  “Essas são algumas das razões que explicam as inúmeras vantagens do planejamento sucessório”, conclui Costódio Filho.

Manter a empresa na família passa também por iniciar uma gestão compartilhada, com a troca de experiências entre duas gerações (pais e filhos) pode ser fundamental para a gestão do negócio, garantindo seu crescimento e prever possíveis riscos que possam comprometer os resultados financeiros de toda a família.

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