Soja: retorno das chuvas na América do Sul faz preço despencar mais de 4% em Chicago

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Além disso, as preocupações com uma nova cepa de peste suína africana na China mantiveram os contratos da soja sob pressão

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira, 22 com preços em forte baixa. Um movimento intenso de vendas por parte de fundos fez março cair mais de 4%, ampliando a perda semanal para 7,54%.

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 58,50 centavos de dólar por libra-peso ou 4,26% a US$ 13,11 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 13,11 por bushel, com perda de 57 centavos ou 4,16%.

Nos subprodutos, a posição março do farelo recuou US$ 16,60 ou 3,78% a US$ 421,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 42,27 centavos de dólar, com perda de 1,16 centavo ou 2,67%.

Esta foi a quarta sessão seguida de perdas. O mercado desconsiderou os sinais de demanda aquecida. O clima favorável às lavouras sul-americanas, o sentimento de aversão ao risco no financeiro e as preocupações com uma nova cepa de peste suína africana na China mantiveram os contratos sob pressão.

A nova cepa poderia colocar em risco a esperada recuperação do rebanho suíno chinês e resultar em queda na demanda por produtos que compõem a ração animal, como farelo de soja e milho.

As exportações semanais bem acima do esperado pelo mercado e novas vendas por parte de exportadores privados para a China tiveram impacto pontual, mas no balanço da sessão, as notícias que criaram o cenário baixista predominaram.

Mercado físico

Com Chicago e dólar em direções opostas e com oscilações consistentes, o mercado brasileiro de soja travou e
teve preços regionalizados em patamares nominais. Com Chicago aprofundando as perdas na parte tarde e o dólar acentuando a alta, as empresas saíram do mercado.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 164 para R$ 164,50. Na região das Missões, a cotação ficou em R$ 164. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 165 para R$ 166.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 167 para R$ 163 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 166 para R$ 164 a saca.

Em Rondonópolis (MT), a saca estabilizou em R$ 151. Em Dourados (MS), o valor avançou de R$ 155 para R$ 158 a saca. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 160.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 2,12%, sendo negociado a R$ 5,4770 para venda e a R$ 5,4750 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3920 e a máxima de R$ 5,4880.
Na semana, a moeda avançou 3,32%.

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