Retração na oferta limita queda do preço da mandioca

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Segundo pesquisadores do Cepea, clima seco nas regiões produtoras também contribuiu para sustentar a cotação da matéria-prima.

 

O clima seco dificultou o avanço da colheita de mandioca nos últimos dias em todas as regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). Além disso, parte dos agricultores se retraiu, adiando a comercialização, na expectativa de aumento nas cotações nas próximas semanas, por causa da menor disponibilidade da matéria-prima de lavouras de segundo ciclo.

A demanda industrial continuou baixa, mas a menor oferta de matéria-prima amenizou a pressão sobre os valores. Entre os dias 4 a 8 de maio, o preço médio da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 310,70 (R$ 0,5403 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), 1,6% abaixo da média do período anterior.

Deral

Os levantamentos do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paraná (Deral) mostram que até o final de abril a colheita da mandioca no Estado atingiu 23% dos 140 mil hectares, plantados na safra de 2019/2020. A cultura está concentrada nas regiões de Umuarama, Paranavaí, Campo Mourão, Maringá e Toledo, que representam aproximadamente 80% da área cultivada.

Os analisas do Deral observam que, em função da pandemia do novo coronavírus, a comercialização dos derivados de mandioca – fécula e farinha – foi fortemente afetada. A queda da demanda levou as indústrias a reduzir a moagem da matéria-prima para em torno de 40% da capacidade instalada, o que provocou a dispensa de alguns trabalhadores.

 

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