Nuvem de gafanhotos estaria a 180 quilômetros do Brasil

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Segundo estimativa do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) no domingo (5/7), a praga se movimentava em direção ao Rio Paraná

 

Autoridades fitossanitárias argentinas afirmaram, ao final do domingo (5/7), que a nuvem de gafanhotos presente no país está se movimentando no sentido noroeste do município de Sauce, na província de Corrientes, em direção ao Rio Paraná. Com isso, a projeção é que a praga estaria posicionada a uma distância de 180 quilômetros de Uruguaiana (RS), na fronteira com o Brasil.

O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) disse que o monitoramento começou pela manhã e que, ao final do dia, os técnicos perderam contato visual com os insetos. Novas buscas serão feitas nesta segunda-feira (6/7).

“A nuvem foi vista pela última vez em Paraje Rincón de Zara. A inacessibilidade da área não permitiu encontrar o local final de assentamento. Amanhã (nesta segunda), as tarefas de monitoramento e vigilância continuarão para localizá-la novamente”, afirmou o órgão governamental por meio das redes sociais.

Os técnicos do Senasa têm encontrado dificuldades para localizar os gafanhotos por conta do difícil acesso onde a nuvem costuma repousar. Na última semana, eles contaram com o apoio de guias locais e andaram a cavalo por mais de uma hora até encontrar os gafanhotos.

Além da falta de estradas e regiões de vegetação fechada, as chuvas e os ventos também dificultam o trabalho das autoridades fitossanitárias.

Operação aérea

No sábado (4/7), o Senasa informou que cerca de 15% dos gafanhotos foram eliminados após aplicação química com o auxílio de aviões em uma área de 115 hectares na cidade de Paraje El Descanso, também em Corrientes. Essa foi a segunda aplicação aérea do órgão argentino, que no último dia 26 teria erradicado outros 15% da nuvem.

Uma das principais barreiras enfrentadas pelas autoridades do país vizinho é a capacidade migratória dos gafanhotos. Com estimativas de 400 milhões de insetos na nuvem feitas por entomologistas, as pragas podem fazer deslocamentos de até 150 quilômetros por dia e consumir uma quantidade de alimentos que poderiam abastecer 2 mil vacas.

 

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