Manejo de bezerros

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Manejo de bezerros
O programa de manejo de bezerros recém-nascidos até a desmama é fundamental para assegurar o bom desempenho dos animais após a desmama além de que nesta fase, ocorrem os maiores problemas de mortalidade de animais. Da mesma forma que animais adultos (produção vs manutenção), a demanda nutricional de bezerros é subdividida em duas categorias: demanda protéica e energética de manutenção e demanda protéica e energética de crescimento. A demanda de manutenção pode ser descrita como a quantidade de energia e proteína necessária para atender às necessidades funcionais do organismo e está associada ao tamanho corporal, ou seja, quanto maiores forem os bezerros, maiores serão suas exigências de manutenção (funções vitais). A demanda de crescimento, por sua vez, está associada à quantidade de nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento de tecidos corporais. Assim como animais adultos, em bezerros, a primeira exigência a ser atendida é a de manutenção. Uma vez atendida a necessidade de energia e proteína para manutenção, o excedente de nutrientes passa a ser utilizado no crescimento.
Os bezerros nascem sem resistência a doenças e portanto necessitam adquirir resistência, a partir da ingestão de colostro. A alimentação com colostro (o primeiro leite secretado após o parto) é crítico nas primeiras 24 horas de vida. A absorção de anticorpos rapidamente declina após o nascimento, com 2/3 dos anticorpos ocorrendo na alimentação animal. O colostro também tem um importante papel no controle da atividade microbiana danosa a nível de intestino.
A qualidade do colostro é baixa em vacas de primeira e segunda lactações, vacas mal manejadas no pré-parto e sob condições ambientais de estresse.
Devido a importância do bezerro ingerir a quantidade adequada de colostro (3,5 litros) o mais rápido possível após o nascimento, é importante certificar se o bezerro irá mamar ou ingerir o colostro. A utilização de mamadeiras ou baldes para os bezerros é mais desejável que deixar o bezerro mamar, pois desta forma se conhece a quantidade consumida. Algumas pesquisas tem mostrado que entre 40 e 50% dos bezerros ou não mamam ou não consomem a quantidade de imunoglobulinas necessárias à proteção de doenças.
Uma questão amplamente debatida refere-se a quantidade ideal de leite a ser fornecida para o desenvolvimento de bezerros. Tradicionalmente, em função de diversos resultados experimentais, tem-se adotado, como padrão, o fornecimento de 4 litros/dia. De acordo com os dados apresentados em pesquisas, comparando o crescimento de bezerros submetidos a diferentes quantias diárias de leite, não encontramos diferenças no desenvolvimento de bezerros alimentados com 4 litros de leite em relação a animais submetidos a doses maiores de leite/dia. Entretanto, a recomendação básica, de acordo com pesquisas mais recentes, seria o fornecimento associado ao peso corporal, ou seja, uma dieta líquida representando 12% do peso dos bezerros (peso vivo). Assim, por exemplo, um animal com 45 Kg deveria, teoricamente, receber 5,4 kg de leite/dia. Desta forma, devemos ter em mente que, ao padronizarmos a oferta de leite para bezerros, de uma forma ou de outra, estaremos sub ou superalimentando um determinado animal.
É importante ter conhecimento que o aporte de energia atua como fator limitante no crescimento. Em outras palavras, um animal consumindo energia além da sua necessidade de manutenção utiliza o excedente na conversão protéica da dieta em tecido corporal. O fornecimento de pouca energia ou um desbalanceamento na quantidade de energia e proteína na dieta de bezerros atua, também, como fator limitante no desenvolvimento dos mesmos.
Para o animal recém-nascido, o objetivo deve ser de fazer com que seu rúmen venha a se tornar funcional o mais rápido possível. O desenvolvimento ruminal está associado a desenvolvimento das papilas deste compartimento estomacal, via suprimento de ácidos graxos voláteis, especialmente propionato, vindo do fornecimento de concentrado. Uma ração de alta qualidade precisa ser oferecida aos animais a partir de 3 a 7 dias de idade. Pequenas quantidades oferecidas e recusadas devem ser removidas do cocho para manter a ração fresca. Pesquisas com altos níveis de proteína não degradada e gordura são variáveis. A adição de uma fração fibrosa a uma dieta inicial de bezerros pode auxiliar no atendimento das exigências iniciais de feno (antes de um mês de idade).
Nas condições nacionais, existe uma grande diversidade de procedimentos na forma de criação de bezerros, dificultando a adoção de critérios adequados para desamamentar. Dessa forma, a desmama pode ser feita com base na idade da cria, na quantidade de ração consumida diariamente no ganho de peso, no peso corporal e na combinação desses critérios. Há evidências de que o impacto da desmama é menos severo nas crias quando estas são desmamadas com base no peso vivo (tamanho corporal) do que de acordo com a idade, pois permite que essa prática ocorra mais próximo de uma idade fisiológica mais eqüitativa das crias.
Geralmente, a desmama é realizada quando o animal está ingerindo por volta de 1 Kg de concentrado/dia. Desta forma, quando desmamadas, as bezerras estarão consumindo uma quantidade de concentrado suficiente para atender às suas exigências nutricionais. Quando o manejo de bezerras é bom e o concentrado é de boa qualidade, isso pode ocorrer em torno de 6 à 8 semanas de vida. Quando o consumo de concentrado é abaixo de 500 g/dias o rúmen ainda não está completamente desenvolvido e caso a bezerra esteja consumindo forragens, ao contrário de que muitos pensam, esse desenvolvimento ainda é mais comprometido
O fornecimento de forragem também é importante para o desenvolvimento do rúmen, entretanto, o seu consumo depende da sua qualidade. Muitos produtores adotam o manejo do fornecimento de feno para esta categoria animal. No entanto, o fornecimento de material de baixa qualidade (elevado FDN), devido a baixa eficiência (baixo consumo), torna-se ineficiente e mais caro que o fornecimento de concentrado.
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