Horta – como plantar Bardana (Arctium lappa)

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bardana é uma planta herbácea, bastante popular no mundo todo por suas características nutricionais e fitoterápicas. Apresenta caule robusto, alto, capaz de alcançar 2 metros de altura, podendo ser verde ou arroxeado, de acordo com a variedade. Suas folhas são alternas, grandes, cordiformes, com pecíolos longos e pubescentes na página inferior. Também apresentam graciosas flores róseas a arroxeadas.

Apresenta diversos nomes: pegamassa, pegamasso, pegamoço, erva dos tinhosos, orelha gigante, carrapicho grande e carrapicho de carneiro. Apesar de ser originária da Europa e de ser muito consumida em Portugal, França e Itália, acredita-se que o Japão foi primeiro país a cultivar a bardana, pois é na culinária japonesa que sua raiz é mais difundida.

De fácil adaptação ao clima onde é plantada, sua semente pode ser semeada praticamente em qualquer lugar do mundo, desde que encontre as condições ideais: lugar úmido, com solo arenoso, profundo e sombreado. No Brasil é mais facilmente encontrada nos meses mais quentes e úmidos.

Trata-se de uma planta indispensável em qualquer horta, pois é atóxica, nutritiva e com muitos poderes medicinais. Diz-se até que é uma farmácia completa.  A raiz da bardana é fonte de proteínas, glicídios, fibras, cálcio, fósforo, ferro, riboflavina, niacina, vitaminas A e B1, além de ser rica em sais minerais. 100 gramas do vegetal fornecem 82 calorias.

As folhas da bardana são benéficas para a pele porque possuem propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e fungicidas. Suas compressas são indicadas para tratamento de erupções cutâneas, doenças que ressecam e descamam a pele e para aliviar picadas de insetos. O chá combate desde prisão de ventre e gastrite, até bronquite, catarro preso e hemorroidas.

As raízes e sementes, muito usadas pelos orientais, servem para tratar cálculos renais, reumatismos e problemas da vesícula. Além de muito nutritiva, a raiz é considerada um estimulante do sistema nervoso, benéfica para as doenças dos ossos, diurética, depurativa, antitérmica e antibacteriana. O óleo (Oleum bardanae) retirado das sementes pode ser usado para combater a queda de cabelo.

No entanto, a bardana é contraindicada durante a gravidez por sua ação estimulante uterina. E suas sementes podem provocar irritação no trato urinário.

Como plantar a Bardana 

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra,

solo fértil, profundo, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente.

Adapta-se a uma ampla variedade climática, mas prefere o clima mais ameno.

Para a obtenção de raízes longas e bonitas, sugere-se preparar os canteiros e camalhões da mesma forma que para cenouras, elevando-os em pelo menos 15 cm de altura.

Responde muito bem à adubação nitrogenada.

Multiplica-se por sementes, postas a germinar no meio do verão.

A colheita de raízes se inicia cerca de 4 meses após o plantio. As folhas e raízes devem ser colhidas antes da floração, para que não percam suas propriedades ou fiquem fibrosas.

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