Fator lanudo

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Fator lanudo

Em uma criação de coelhos de raças puras, de pêlo normal, Chinchila ou Nova Zelândia, por exemplo, começam a nascer coelhos de pêlos longos, tipo “angorá”. São coelhos que não interessam ao criador porque, além de fugirem aos padrões das raças a que pertencem, sua pele não tem valor comercial.

É necessário evitar o aparecimento dessa anomalia nas criações, o que é relativamente fácil, desde que o criador saiba que o pêlo longo é transmitido de pais para filhos, isto é, é um fator hereditário. O aparecimento de coelhos lanudos, portanto, não depende da alimentação, estado de saúde dos reprodutores, das instalações, da época do ano, manejo, etc.

Acasalando-se coelhos lanudos com coelhos de pêlo normal, todas as crias saem de pêlo normal, mas com o fator “pêlo lanudo”, que pode ser por eles transmitido a seus descendentes (fator recessivo). O Caráter recessivo “pêlo lanudo” é neutralizado pelo caráter “pêlo normal”, que é dominante. Se forem cruzados coelhos de filhos de pais descendentes de um cruzamento lanudo e normal (irmão e irmã), a quarta parte dos descendentes sai com pêlo lanudo, transmitindo esse caráter a seus descendentes. Outro quarto será livre desse fator e, portanto, não pode transmiti-lo. A metade restante será de pêlo normal, mas possuirá o fator lanudo e poderá produzir filhos de pêlo normal ou lanudos.

Assim sendo, temos os seguintes casos em que poderá aparecer o pêlo lanudo em uma criação de coelhos de pêlos normais:

– quando os pais têm pêlo lanudo, todos os filhos nascem de pêlo longo;
– quando o pai e a mãe têm pêlo normal, mas possuem o gene do fator lanudo,1/4 das crias terá pêlo lanudo e 3/4 pêlo normal;
– quando um dos pais tem pêlo longo e o outro pêlo normal, mas possuindo o gene do fator lanudo, metade dos filhos sai com pêlos longos e metade com pêlos normais;
– quando um coelho de pêlo normal é acasalado com outro de pêlo normal, todos os filhotes saem com pêlo normal, mas existe a possibilidade de 50% de nascerem com o gene recessivo do fator lanudo.

Portanto, para evitar o aparecimento de animais de pêlo lanudo em uma criação de raças de pêlo normal, é preciso, em primeiro lugar, que o criador identifique os animais que não possuam o fator lanudo e os utilize na reprodução. Para verificar com segurança se um coelho de pêlo normal possui o fator lanudo, basta acasalá-lo com um animal que possua o pêlo longo. Se todas as crias nascerem com pêlo normal, é um bom sinal de que o animal testado não possui o fator lanudo. Para maior garantia, porém, é necessário que se obtenha um maior número de crias, em 2, 3 ou mais parições, pois ficará provado que o animal em questão não possui o gene lanudo e, portanto, só produzira coelhos de pêlo normal.

Pelas razões expostas, podemos concluir que o mais indicado e o melhor para qualquer criador é manter um registro genealógico preciso de seus animais. Desta forma, fica muito mais fácil detectar possíveis inserções de animais com o fator lanudo na criação e, com isso, tirá-los do processo reprodutivo.

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