Espichadeira – planta venenosa

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A espichadeira (Solanum malacoxylon) é uma planta venenosa que produz uma doença crônica que pode durar de poucas semanas a meses ou anos, dependendo da quantidade de plantas ingeridas.

É um arbusto de 1,5 a 2 metros de altura, de solos argilosos, úmidos encharcados como brejos ou mesmo em águas paradas. É muito comum no pantanal, na região Centro-Oeste do Brasil.

Sua maior incidência é de julho a setembro, quando ocorre, também, uma grande desfolha, misturando-se suas folhas ao pasto.

Seus sintomas são: pêlos ásperos, cifose, arritmia e sopro cardíaco, emagrecimento progressivo, dificuldade de locomoção, andar duro, com apoio mais nas pontas dos cascos e dos membros anteriores, apresentando, às vezes, as extremidades (carpos) desses membros, ligeiramente flexionados. O animal fica muito tempo deitado e morre.

Os primeiros sintomas aparecem poucas semanas depois que o animal começa a ingerir a espichadeira, pela ação gradativa do seu princípio ativo, ou seja, uma substância hidrosolúvel de ação semelhante à da vitamina D.

Por exame de laboratório, podemos verificar que há um aumento nos teores de cálcio e de fósforo no sangue dos doentes. O diagnóstico é feito, principalmente, pela necrópsia.

Essa doença é conhecida no pantanal mato-grossense como “espichação” ou “espichamento”. Para combatê-la, o melhor é a erradicação das plantas das redondezas das pastagens ou dos caminhos que o gado faz para ir de um pasto para outro, durante as rotações de pasto ou quando vão para o corte.

É uma doença que pode atingir qualquer animal, mais costuma causar maiores prejuízos nas criações de gado bovino para corte, o mais comum tipo de criação na região do pantanal.

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