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Criação de perus

Criação de perus

Criação de perus

Criação de perus

O Brasil já é um dos maiores produtores de perus do mundo, devido as suas condições de clima, solo e tecnologia.


Os perus são criados somente para a produção de carne, pois os seus ovos, embora de boa qualidade para o consumo, são destinados a encubação.

Suas penas e detritos também são aproveitados. Produzem um esterco de ótima qualidade, melhor mesmo do que o de boi ou cavalo.

Sua criação é tão fácil quanto a de galinhas. Até os 3 meses, são tão delicados quanto os pintinhos mas, passada esta idade, tornam-se muito mais resistentes.

O primeiro e talvez o mais importante cuidado a tomar é nunca criar perus junto com galinhas ou qualquer outra ave, porque elas lhe podem transmitir doenças, inclusive a entero-hepatite, uma das mais graves doenças para os perus.

O criador pode começar a criação com peruzinhos de 1 dia ou aves adultas mas, de modo geral, a maneira mais prática, econômica e que maiores vantagens oferece é começar a criação com peruzinhos de 1 dia, porque exige menos capital inicial e menos instalações.

A melhor época para iniciar a criação é 6 a 8 meses antes de uma data especial como, por exemplo, o Natal, quando são obtidos os melhores preços, embora o seu consumo seja apreciável durante todo o ano. A incubação dura 28 dias, quando for natural, uma perua pode “cobrir” de 18 a 25 ovos, de acordo com o seu tamanho. Também pode ser uma incubação artificial, por meio de incubadeiras, que é a mais empregada, pois permite que sejam obtidas grandes quantidades de peruzinhos ao mesmo tempo, durante todo o ano.

Para a incubação, só devem ser empregados ovos frescos, de no máximo 10 dias e que sejam de aves sadias, precoces e bem selecionadas.

Os peruzinhos

Quando a incubação é natural, basta que eles sejam colocados com a perua, em gaiola com fundo de tela ou em galpões com cama de material absorvente como palha de arroz, maravalha fina, etc., pois não devem pisar diretamente no chão. Melhor ainda é separá-los da perua e coloca-los em criadeiras especiais.

Quando a criação é artificial, os peruzinhos devem ser colocados em criadeiras, baterias ou no chão, mas sobre a ?cama? e com calor artificial por meio de campânulas ou lâmpadas, como para os pintos.

Depois de nascidos, devem ficar 24 horas sem comer, recebendo, depois, ração inicial para perus até completarem 30 dias de vida.

Nas criações caseiras podem ser dados também, verduras picadas, ovos cozidos picados e pão com leite, pois são ótimos alimentos.

Com 1 mês de idade, passam para a ração de crescimento ou, na falta desta, para a ração de adultos.

Com 10 semanas, devem ser vacinados contra a bouba ou ?pipoca?, os bicos cortados e, então, soltos nos parques de criação.

Com 3 meses passam pela chamada ?crise do vermelho?, vencendo-a com facilidade, quando são sadios e bem alimentados. Tornam-se, depois, uma das aves domésticas mais resistentes. Podem, então, ser soltos pelos campos, a pastar, até a época da engorda ou dos acasalamentos, quando são presos em cercados, o que permite dar-lhes maior assistência e facilita a colheita dos ovos. Quando, porém, o criador não dispuser de grandes áreas, é preferível criá-los em confinamento, alojados em galpões ou abrigos.

Os adultos

Para os acasalamentos, os machos não devem ser muito mais pesados que as fêmeas. Cada macho pode servir de 8 a 10 peruas. Quanto à postura, as peruas põem de 30 a 100 ovos por ano.

Como os perus são muito resistentes, basta que disponham de um abrigo para passarem a noite e se protegerem das chuvas, do vento, do frio e de alguns animais que lhes possam atacar. Nesses abrigos, devem existir poleiros, todos da mesma altura e na proporção de 1 metro para 2 a 3 perus.

São necessários, ainda, cochos e bebedouros em número suficiente e colocados nos parques, mais ou menos perto dos abrigos. Os parques devem ser secos e gramados, fornecendo-lhes o “verde”. Cada reprodutor come, por dia, de 200 a 300 gramas de ração balanceada. É necessário, também, que lhes sejam fornecidos pedriscos para engolirem, pois são necessários para lhes facilitar a digestão.

Para a engorda, o melhor é prendê-los em gaiolas ou em pequenos cercados, quando atingirem 4 a 5 meses de idade, dando-lhes uma ração especial para engorda.

As idades para o abate são de 26 semanas para as fêmeas e de 28 semanas para os machos variando, naturalmente, de acordo com a raça dos perus.

A alimentação influi, não só na cor, mas também no gosto e qualidade da carne. O milho amarelo e o “verde”, por exemplo, dão à carne a cor amarela. O óleo de fígado de bacalhau e a farinha de peixe transmitem à carne do peru um gosto indesejável, por isso devem ser evitados na sua alimentação 40 a 60 dias antes do abate.

Os perus consomem, em média, 35 quilos de ração, desde o nascimento até a época do abate.

Para as raças pequenas pode também ser usada uma engorda rápida, sem pasto, sendo as aves abatidas com 12 a 16 semanas de idade e com peso de 2,750 kg a 3,750 kg.

O abate é feito com faca de dois gumes e que, introduzida pelo bico, corta as artérias e veias do pescoço, pelo lado de dentro da garganta.

A depena pode ser a seco ou com água quente ou mesmo com cera. Para que se conservem melhor, as carcaças devem ser resfriadas.

Raças

Por suas qualidades, produção e valor de seus produtos, destacam-se as raças Broad-Breasted-Bronze, que atinge 16 kg para os machos e 9 kg para as fêmeas; a Holandesa Branca, com 15 kg para os machos e 8 kg para as fêmeas e a USDA Beltville Branca, com 8 kg para os machos e 5 kg para as fêmeas.