Macaxeira, aipim, maniva, manaíba, carimã, uaipi e castelinha. Ligados às diferentes regiões de produção, esses são os nomes populares da brasileiríssima mandioca (Manihot esculenta Crantz). Raiz do Brasil, com presença freqüente nos pratos dos brasileiros, também alimenta mais de 500 milhões de pessoas no mundo.
Embora sem registros, sua origem é atribuída à região do Brasil Central e data de mais de cinco mil anos. Portugueses e espanhóis foram os responsáveis pela difusão da cultura para outros continentes. A mandioca ganhou espaço na África, Ásia, Oceania e hoje está em mais de 80 países, principalmente em nações em desenvolvimento, já que o cultivo não demanda tecnologia e pode ser explorado em pequenas áreas.
Fácil de se adaptar a diferentes climas, há plantação em todos os estados do território nacional. Bahia, Pará, Paraná e Rio Grande do Sul são os principais produtores. No Estado de São Paulo, não há uma cidade sem plantio de mandioca.
A cultura evolui com facilidade em regiões com temperatura entre 20 a 27 graus centígrados, mas em torno de 15 graus a germinação é retardada e cai o ritmo do seu desenvolvimento.
Os mandiocais se dão bem em locais com boa distribuição de chuva, de mil a 1.500 milímetros por ano. Mas em regiões tropicais, a produção vinga com até 4.000 milímetros por ano, sem a ocorrência de estação seca. Neste caso, o solo deve ser bem drenado, pois o encharcamento apodrece as raízes. Já em áreas semi-áridas, com 500 a 700 milímetros de chuva ao ano, é necessário que haja abundância de água pelo menos nos primeiros cinco meses de cultivo.
Da mandioca é produzida a farinha e a fécula, também chamada de amido, tapioca ou goma. Ingrediente de várias receitas culinárias, a raiz também serve de alimento para animais. Para bovinos, aves e suínos, é importante que sejam cultivares que apresentem alta produtividade de raízes – fonte de carboidratos –, de matéria seca e de parte aérea, com boa retenção foliar e alto teor de proteína nas folhas.
Espécie: a mandioca (Manihot esculenta Crantz) pertence à família Euphorbiaceae
Plantio: em locais com solos não sujeitos a encharcamento
Solo: profundo, solto, arenoso ou de textura média
Clima: adapta-se a diversas condições climáticas, desde locais chuvosos como a Amazônia até os semi-áridos do Nordeste
Uso culinário: pode ser consumida em pedaços fritos e cozidos, é ingrediente para bolos e pratos salgados, além de a farinha ser componente de várias receitas, especialmente na culinária nordestina
Uso medicinal: alimento energético, que contém boa quantidade de vitaminas do complexo B e sais minerais
Colheita: a partir do sétimo mês, quando as raízes têm um diâmetro superior a 3 centímetros
Área mínima: a produção de 3 mil a 5 mil metros quadrados é suficiente para a comercialização com uma quitanda pequena