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Como manter a temperatura na criação de camarões de água doce

Como manter a temperatura na criação de camarões de água doce

Como manter a temperatura na criação de camarões de água doce

Como manter a temperatura na criação de camarões de água doce

A temperatura da água é um dos fatores mais importantes na criação de camarões de água doce. A temperatura da água, nesse tipo de criação, deve ficar, preferencialmente, entre 20 e 30 ºC, apesar dos camarões poderem ser criados em temperaturas que variam de 14 a 30 ºC. O melhor, portanto, é que pelo menos nas regiões mais frias ou no inverno, façamos uma rotina de aquecimento de água, para que ela não sofra quedas bruscas ou acentuadas de temperatura e se mantenha, desta forma, a uma média adequada aos camarões.


No entanto, nem sempre isso é possível por fatores econômicos, pois iria influir muito nos custos de produção. Sendo possível vencer o obstáculo dos custos, o aquecimento da água é uma prática que produz excelentes resultados, tendo como objetivo acelerar o metabolismo dos camarões em todas as suas fases, resultando em maior precocidade, eclosão, crescimento e desenvolvimento mais rápidos, metamorfose mais acelerada ou em menor tempo, etc. Além disso, o aquecimento da água pode viabilizar criações em regiões mais frias, caso o custo da manutenção da temperatura não inviabilize todo o projeto.

Normalmente, esse aquecimento deveria ser feito com aquecedores munidos de termostatos, para controle automático da temperatura da água ou mesmo do ambiente, quando os tanques ficarem dentro de estufas.

Aquecedor solar simples para água

Para aquecermos a água ou elevarmos a sua temperatura nos tanques, pelo menos durante o dia, o que a conservaria mais quente, durante a noite, pois ela não baixaria tanto, como ocorreria se não fosse aquecida, podemos utilizar um aparelho de construção caseira, muito simples, de baixo custo e de fácil construção. Este aparelho nada mais é do que uma simples mangueira preta de borracha ou PVC, enrolada em uma armação, também simples, de madeira, formando uma cruz com os 4 braços do mesmo comprimento e nos quais pregamos um arame, formando arcos para a passagem da mangueira em cada uma de suas voltas, para formar o aquecedor de forma circular.

A mangueira (ou cano) vem livre da fonte de abastecimento e é enrolada formando o aquecedor e depois, novamente livre, leva a água até o tanque, cuja temperatura deve ser elevada. Como em todo o seu trajeto a mangueira fica exposta aos raios solares, mesmo em dias nublados e só de mormaço, por ser preta, ela absorve o calor por irradiação solar, esquentando bastante e aquecendo a água que passa em seu interior, atuando como as serpentinas das caldeiras a vapor. Quanto mais comprida a mangueira e mais voltas ela der em torno da armação, mais quente ficará a água, que pode atingir mais de 50 ºC. Ao entrar nos tanques, essa água elevará a temperatura da água fria do tanque, com os benefícios imediatos disso decorrentes e ainda concorrerá para que ela se conserve mais quente, durante a noite, evitando quedas maiores ou bruscas de temperatura.

O aquecimento da água pode ser feito, ainda, através de aquecimento elétrico (da rede pública), à gás natural, ou através de energia elétrica gerada por meios alternativos, como energia eólica (vento), biodigestores, caldeiras a vapor, etc.