Como identificar e tratar “doenças da madeira” em videiras

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Doença severa pode levar a produção inteira à morte.

Produtor rural, meu pai cultiva desde 2009 cerca de 3 mil pés de videiras bordôs em solo que antes havia plantio de fumo. Nos primeiros anos, foram registradas grandes produções sem uso de adubo, mas sempre foi necessário aplicar produtos químicos para combater pragas devido ao clima local, apesar da ideia inicial de ser uma cultura orgânica. A partir da safra 2015/2016, contudo, após a poda alguns pés da parreira brotaram apenas de um lado, outros estão com os brotos secando e os que estão aparentemente sadios, não produzem.

Uma das enfermidades mais severas que incidem em videiras são as chamadas “doenças da madeira”, pois ocorrem internamente, nos vasos condutores da planta. Não têm cura e matam a cultura em poucos anos. No caso, provavelmente está havendo ataque da “podridão descendente”, cuja moléstia se instala no vinhedo e mata os ramos de cima para baixo. Para ter certeza, basta cortar o ramo e verificar se há alguma necrose em forma de “V”. É indicado podar os ramos doentes até o local onde não apareçam mais necroses internas, para que a nova brotação surja saudável. Entretanto, o mais recomendado é a substituição gradual das plantas do vinhedo por mudas sadias, adquiridas em viveiros licenciados e idôneos. Outro cuidado muito importante, para evitar a disseminação da enfermidade dentro do parreiral, é esterilizar as ferramentas de poda a cada planta com hipoclorito de sódio e aplicar tinta plástica com fungicida nos ferimentos dos cortes.

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