Com Covid-19, FCStone reduz estimativa para entrega de fertilizantes

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Consultoria classifica pandemia como “ponto central para determinação dos fundamentos do mercado”

As incertezas geradas pela pandemia de Covid-19 no Brasil devem impactar o mercado de fertilizantes no Brasil, segundo aponta a FCStone em relatório de mercado direcionado ao setor. A consultoria reduziu sua previsão para as entregas este ano em 300 mil toneladas, para 36,6 milhões de toneladas – avanço anual de 1,0%.

“Apesar de não impactar diretamente o mercado de adubos internacional, a pandemia do novo coronavírus instaurou um quadro de incerteza a nível mundial, influenciando as perspectivas de crescimento econômico de importantes consumidores do complexo NPK e insumos”, afirma o documento. Segundo a consultoria, “a Covid-19 se coloca como ponto central para determinação dos fundamentos do mercado”, conforme avançam os preparativos para a safra 2020/2021.

Volatilidade

A FCStone ressalta ainda que o cenário macroeconômico tem contribuído para uma maior volatilidade das cotações das principais commodities agrícolas, como a soja e o milho. Enquanto essas culturas tiveram seus preços compensados pela desvalorização recorde do real, o custo com fertilizantes deve pesar negativamente no faturamento de alguns setores.

“O consumo de fertilizantes por setores nos quais as cotações permanecem em patamares mais baixos pode ser impactado negativamente, considerando o encarecimento dos adubos no mercado interno, em decorrência do “custo dolarizado” dos nutrientes”, explica a consultoria. Entre os setores mais expostos, a FCStone destaca a o cotonicultor e o sucroenergético.

“No que tange o setor de açúcar e etanol, especificamente, as recentes quedas nos preços internacionais do açúcar foram parcialmente compensadas pela forte apreciação do dólar frente ao real. Contudo, a receita das usinas sofre com a dinâmica do mercado de etanol, marcada por demanda arrefecida e preços baixos”, explica a consultoria.

 

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