Boas práticas de armazenagem de grãos

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Boas práticas de armazenagem de grãos
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Boas práticas de armazenagem de grãos

Armazenar adequadamente consiste em manter a guarda e conservação dos produtos alimentícios de acordo com os padrões de qualidade. A armazenagem de grãos é parte importante do agronegócio, portanto, deve ser incorporada ao processo da cadeia produtiva, que vai desde o plantio até a comercialização e industrialização.

Estima-se que no Brasil 20% da produção anual de grãos seja perdida entre a colheita e o armazenamento e que metade dessas perdas são devidas ao ataque de pragas durante o armazenamento. O maior índice dessas infestações acontece nas fazendas onde as instalações são mais rústicas. Alguns insetos podem atacar esses produtos, causando enormes prejuízos.

Basta um pequeno número de insetos-pragas para iniciar uma infestação que pode provocar a destruição dos grãos. É incrível a velocidade de multiplicação dessas pragas. Por exemplo, uma fêmea fecundada pode produzir 400 ovos que, em 30 dias, serão insetos adultos que também irão se reproduzir. Cada larva proveniente desses ovos pode destruir muitos grãos antes de atingir a maturidade. Além disso, existe a destruição causada pelos besouros adultos e a entrada de microorganismos nocivos na massa de grãos.

Danos e prejuízos causados por pragas na armazenagem de grãos

Os danos provocados pelo ataque de insetos aos grãos armazenados são de ordem quantitativa e qualitativa, sendo:

– Perda de peso e desvalorização comercial;

– Alteração do valor nutritivo dos grãos;

– Redução do poder germinativo das sementes;

– Contaminação dos alimentos pela penetração de outros organismos (ácaros e fungos), através das aberturas nos grãos deixados pelos insetos, pelas fezes e fragmentos de insetos, tornando-os impróprios para o consumo.

Grãos com qualidade e protegidos

Para preservar os grãos é necessário que se observem as seguintes etapas:

PRÉ-COLHEITA: Limpeza e preparo da unidade armazenadora, eliminando todas as sobras de grãos, detritos e restos de embalagens. Esta limpeza deve ser feita dentro dos armazéns e silos, dos equipamentos, bem como da área externa (retirada dos matos, entulhos e sucatas). Após a limpeza, proceder a pulverização dos pisos, paredes, equipamentos, escadas, elevadores e pátio de movimentação. Pulverizar com inseticidas próprios para exterminar os insetos e larvas remanescentes e criar barreiras internas e externas de prevenção.

PÓS-COLHEITA: Os grãos devem ser armazenados com teor de umidade adequado, em torno de 13%. Durante o processo de carregamento do silo ou nas pilhas de sacaria, deve-se proceder ao expurgo ou fumigação com uso de gás à base de fosfina, para eliminar possíveis focos de insetos em todas as fases (ovo, larva, pupa e adulto). No caso de graneleiro, o tratamento deverá ser feito na esteira de carregamento, através de pulverização com inseticidas recomendados. Após essas operações, o monitoramento dos grãos armazenados é a etapa seguinte e tem como objetivo básico detectar e medir as possíveis infestações de pragas. Isto é feito para que possa ser determinado o momento correto de realizar as pulverizações e até mesmo um novo expurgo.

O monitoramento consiste em:

– Medir diariamente a temperatura da massa de grãos ensilada;

– Percorrer os armazéns para verificação de possíveis focos de pragas;

– Utilização de armadilhas de captura de insetos.

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