As mangueiras

Existe uma grande variedade, entre as quais: pavão, espada, haden, carlota, itamaracá, extrema, rosa e coração. Das variedades americanas existentes no Brasil, segundo estudos técnicos da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo e da USP, as melhores, pelas características de seus frutos e das próprias plantas, são:

– Irwin

– Joe Welch

– Keitt

– Palmer

– Ruby

– Sensation

– Smith

– Tommy Atkins

– Zill

As mais plantadas no estado de São Paulo são as Tommy Atkins e a Keitt que têm, inclusive, mostrado maior resistência à seca-da-mangueira, que é uma doença de controle difícil, causada por um fungo (Ceratocystes fimbriata) em associação com um coleóptero (Hypocryphalus mangiferae) que afeta os ramos das plantas e que vem atacando a haden, já havendo, praticamente, liquidado as mangas bourbon.

A cor das mangas, principalmente para exportação, é de grande importância, devido ao melhor “visual”. As mais indicadas são a vermelha, a roxa e a rosa, havendo, em geral, uma combinação de cores em cada variedade. Além disso, o sabor deve ser de bom a ótimo ou excelente, e o melhor é a ausência de fibras embora, quando mínima, sua presença seja tolerada.

As preferidas por ingleses, franceses e alemães, são as vermelhas ou roxas, sem fibras e pesando de 350 a 500g.

Quando adultas, as mangueiras podem produzir, em média, 5 caixas por pé. O espaçamento para o plantio deve ser de 10x10m, ou seja, 100 pés por hectare.

A pavão, variedade brasileira, tem grande futuro porque possui uma forte cor vermelha, sabor e tamanho dos mais indicados para exportação. Na primeira colheita, 3 anos após o plantio da muda enxertada, já produz 2 caixas de 25kg por pé e na terceira safra, pode atingir mais ou menos 10 caixas. O seu único inconveniente é que tem um pouco de fibra.

No período de crescimento, a adubação química deve ser com NPK, nitrogênio, fósforo e potássio em partes iguais. Quando em produção, as mangueiras devem receber o adubo 25-20-5 no período chuvoso. As produções médias são de 2 caixas no quarto ano, 4 no quinto ano e depois até 5 ou 6 para as variedades americanas e o dobro dessas produções, para a pavão.

Valor e aproveitamento da manga:

A manga pode e deve ser utilizada, não só para o consumo ao natural, como fruta de mesa, mas também, e o que é importante, para industrialização, como doces em compotas, frutas cristalizadas, pastas, geléias, suco, vinho, vinagre, aguardente, conservas, etc. Suas sementes são ricas em proteínas, açúcares e amido, podendo ser aproveitadas como ração para animais.

Plantada em quase todo o território nacional, a manga tem sua colheita de setembro a março, principalmente em dezembro, janeiro e fevereiro, o que significa 60% de toda a produção concentrada nesses 3 meses. Devemos evidenciar que o Nordeste apresenta excelentes condições ambientais para a cultura da manga em larga escala, além de dispor de grandes áreas que poderiam ser utilizadas para essa cultura.

É uma planta de clima tropical e a melhor época para o seu plantio é o início do período chuvoso, a partir de outubro, pois as mudas encontrarão condições mais favoráveis devido às mais altas temperaturas e às chuvas mais freqüentes, pelo menos até fevereiro, o que é importante para o seu desenvolvimento.

A primeira colheita ocorre, em geral, no terceiro ano, quando utilizados enxertos e no quinto ano, quando plantadas de caroço. Devemos colhê-las quando estão “de vez”. A colheita é manual e deve ser feita com cuidado para não ferir as frutas, prejudicando sua classificação. O rendimento por pé, é de 300 a 800 frutos, quando são grandes e de 1000 a 1200 quando são pequenos ou médios.