Alta dos grãos pode gerar crise entre frigoríficos, aponta Faesc

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Presidente da instituição, Enori Barbieri, afirma ser um “contrassenso” que um dos maiores produtores de alimentos do planeta precise importar grãos para manter sua produção agroindustrial

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alertou nesta sexta-feira (04/09) para o risco de uma crise na cadeia de produção de aves e suínos no Brasil diante da expressiva valorização da soja e do milho no mercado interno este ano. Em nota, o presidente da instituição, Enori Barbieri, afirma ser um “contrassenso” que um dos maiores produtores de alimentos do planeta precise importar grãos para manter sua produção agroindustrial.

“Estamos exportando grãos e importando esses mesmos grãos por preços maiores para produzirmos carnes e outros alimentos”, destacou Barbieri. A Faesc destaca que foram exportadas 80 milhões de toneladas da safra 2019/2020 e outras 80 milhões da temporada 2020/2021, cerca de 60% da produção esperada, já foram vendidos de forma antecipada no mercado internacional.

“Pela primeira vez na história recente do agronegócio brasileiro, o preço praticado no interior do Brasil estará acima da Bolsa de Chicago em razão da acentuada escassez do produto, ironicamente, na casa do maior produtor e exportador mundial”, aponta o presidente da Faesc. Segundo a entidade, o preço da saca de 60 quilos de soja passou de R$ 85 em fevereiro para  R$ 130 nos dias atuais.

No caso do milho, a Faesc aponta que os produtores estão importado o produto a preços 40% maiores que o praticado no mercado interno devido a falta de disponibilidade do cereal. “A situação do milho (e também do farelo de soja) encarecerá o custo das rações para aves e suínos, aumentando o custo de produção dessas proteínas”, conclui a entidade.

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