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Safra 2018 de café deve atingir recorde de 58 milhões de sacas

Safra 2018 de café deve atingir recorde de 58 milhões de sacas

Safra 2018 de café deve atingir recorde de 58 milhões de sacas

A safra brasileira de café em 2018 deve atingir recorde de 58 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg, o que corresponde a um crescimento de 29,1% em relação à safra passada, que alcançou 44,9 milhões de sacas. Os números fazem parte do segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (17). Na pesquisa anterior, de janeiro, a Conab projetava a safra entre 54,44 milhões a 58,51 milhões de sacas de 60 quilos.

De acordo com o estudo, o bom resultado deve-se, entre outros motivos, à bienalidade positiva do arábica e às boas condições climáticas. No último período de alta bienalidade, que ocorreu em 2016, o País teve uma produção de 51,4 milhões de sacas, considerada até então a maior do País e superada pela safra 2018. “Outro motivo para os números positivos seria o avanço do pacote tecnológico neste setor, sobretudo de variedades mais produtivas”, informam os técnicos da Conab, em comunicado.

O volume total da safra engloba o café arábica e o conilon (robusta). Com relação ao arábica, que corresponde a cerca de 76% da produção total, a safra estimada é de 44,3 milhões de sacas, ou seja, um acréscimo de 29,4%.

Já o volume de conilon deverá alcançar 13,7 milhões de sacas, com aumento de 27,9%. Esse resultado se deve, sobretudo, ao aumento da produtividade no Espírito Santo e em Rondônia, principalmente por causa da maior utilização de tecnologias, como o plantio de café clonal e ao maior investimento nas lavouras. Essa produção será 5,2% superior à colhida em 2014.

Conforme a Conab, no Espírito Santo, maior produtor de conilon e que nos últimos anos conviveu com o baixo índice pluviométrico, houve diminuição da área em produção por causa do esgotamento das barragens, rios e córregos e a proibição do uso da irrigação. A estimativa é que a área seja 1,7% menor se comparada à safra passada. “Graças ao aumento da pluviosidade em 2017, as lavouras conseguiram recuperar as folhas, crescer os ramos e melhorar sua saúde geral”, diz a Conab. A estimativa de produção nessa safra está fixada em 8,3 milhões de sacas. Comparado com a safra passada, o crescimento da produção fica estimada em 40,4%. Se comparada à safra 2014, que foi um ano de normalidade climática, com a produção de 9,95 milhões de sacas, a safra desse ano poderá ser 16,5% menor.

O maior Estado produtor de café é Minas Gerais, com um total de 30,7 milhões de sacas, das quais 30,4 milhões de arábica e 335,8 mil sacas de conilon. No Espírito Santo, a produção atinge 12,8 milhões de sacas, com 8,3 milhões para conilon e 4,5 milhões para o arábica. Em São Paulo, onde só é produzido o café arábica, o volume deve ser de 6,1 milhões de sacas. A Bahia também apresentou bons resultados, com produção de 2,7 milhões do conilon e 1,8 milhões do arábica.

A Conab informa, ainda, que a produtividade estimada é de 30,86 sacas de café por hectare, equivalendo a um acréscimo de 27,8% em relação à safra passada. O acréscimo deve ocorrer em quase todas as principais regiões produtoras. Em praticamente todos os Estados em que predomina o cultivo de conilon, a expectativa é de produtividade superior à safra anterior em virtude das melhores condições climáticas durante o desenvolvimento das lavouras.

A área total, que engloba os cafezais em formação e em produção em todo o País, deve atingir 2,17 milhões de hectares, sendo 287,7 mil em formação e 1,9 milhão de hectares em produção. A área é 1,8% inferior à cultivada em 2017, ou equivalente a 39,3 mil hectares.